Fundo de desenvolvimento da região do Parque Estadual de Terra Ronca é aprovado em Comissão do Senado
A Comissão
de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) aprovou nesta quarta-feira (28) o PLC 33/2018, que cria o Fundo Nacional de Apoio à Região de Terra Ronca
(Funter), para promover o desenvolvimento dessa região, nos municípios de São
Domingos (GO) e Guarani de Goiás (GO).
O projeto
segue em regime de urgência para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) por
conta de pedido do senador Romero Jucá (MDB-RR) também aprovado pela comissão.
De acordo
com Jucá, a ideia é que a proposta passe rapidamente pela CAE e possa ser
aprovada até o final do ano no Plenário.
Durante a
reunião, Jucá leu o relatório do senador Waldemir Moka (MDB-MS), favorável ao
projeto.
— É um
projeto importante, pois é uma área extremamente deprimida.
O fundo tem
o objetivo de promover o desenvolvimento da Terra do Ronca, preservar a cultura
local, fomentar a qualificação dos trabalhadores locais, estimular produtos
feitos pelas comunidades locais, criar condições para a instituição de
cooperativas e viabilizar a cooperação entre os moradores e entidades públicas
e privadas de turismo — ressaltou Jucá.
O relatório
argumenta que o Fundo irá beneficiar a exploração racional e ecológica da
região.
Para ele, a
simples criação do Funter já irá atrair verbas de instituições internacionais
voltadas para a ecologia e para a cultura, tendo em vista a originalidade e a
beleza natural da região.
O Funter
contará com receitas de operações de crédito internas e externas, firmadas com
entidades privadas, públicas, nacionais e internacionais, convênios firmados
entre os estados da Federação e outras fontes previstas em lei.
Parque estadual
O Parque
Estadual de Terra Ronca, com área aproximada de 57 mil hectares, está
localizado nos municípios de Guarani de Goiás e São Domingos.
O parque
abriga um dos maiores sítios de cavernas e grutas da América Latina, muitas
delas ainda não mapeadas.
A formação
do complexo deve-se à ação dos rios que nascem na Serra Geral, ganham volume
sobre os maciços de quartzito e erodem as rochas calcárias. O nome Terra Ronca
deriva do rugido dos rios que atravessam as cavernas e do burburinho das
cachoeiras que se formam no seu interior.
A gruta mais
conhecida é a que dá nome ao parque, Terra Ronca, que se caracteriza pelo seu
enorme pórtico e pela grandiosidade dos salões.
O vão de
entrada atinge 96 metros de altura e 120 metros de largura, com salões medindo 760
metros de comprimento e 100 metros de altura. Na gruta, ocorre anualmente a
cerimonia religiosa de Bom Jesus da Lapa.
Destacam-se
também a gruta de São Mateus, uma das maiores do país; a gruta Angélica, que
pode ser contemplada depois de uma travessia de sete horas por suas infindáveis
galerias subterrâneas; e a gruta São Bernardo/Palmeira, com salões repletos de
curiosidades e em cujo interior unem-se dois rios.
A região é
coberta pela vegetação do cerrado e cortada por vários rios.
— Tudo isso
faz do turismo uma atividade vital para o desenvolvimento social e econômico
dos municípios da região de Terra Ronca.
Todavia,
para que o turismo possa prosperar e efetivamente beneficiar as comunidades do
lugar é necessário valorizar a cultura local, fortalecer a capacidade dessas
comunidades para produzirem artigos e produtos que atendam às demandas do
mercado turístico, e capacitá-las para prestarem os serviços que caracterizam a
atividade — observa o deputado Pedro Chaves, autor do projeto, na justificativa
da proposta.
Fonte:
Agência Senado
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