O vídeo
acima mostra imagens de uma fantástica tempestade de areia. Poderia ser no
Arizona, nos Estados Unidos, ou em algum lugar no Oriente Médio, mas isto
ocorreu no Nordeste do Brasil, na Bahia.
A incrível
tempestade de areia foi registrada na tarde de 4 de janeiro de 2016 por Gabriel
Barbosa Júnior e compartilhada.
Ele filmou o
fenômeno enquanto trafegava por uma rodovia entre as cidades de Barreiras e
Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia.
As rajadas
de vento chegaram a 61 km/h em Barreiras entre 16h e 17h (horário local), mesmo
horário em que o vídeo foi feito.
O vídeo tem
cerca de 3 minutos e em certo momento será possível ver como a parte da parede
de poeira avança sobre a rodovia. Note como a visibilidade fica bastante
reduzida no horizonte.
A tempestade
de areia foi um dos efeitos do impacto da chegada de uma forte frente fria que
avançou sobre a Bahia e que trouxe tempestades de água para muitas áreas do
estado.
Tempestades
de areia já foram observadas outras vezes no Brasil, mas esta do oeste da Bahia
em 4 de janeiro é um fenômeno excepcional, realmente raro.
A parede de poeira foi levantada por fortes
ventos associados com a proximidade de aglomerados de nuvens carregadas. A
prolongada estiagem, e com temperatura extremamente elevadas, deixou a
superfície do solo seca e solta, o que facilitou o levantamento da poeira.
A imagem abaixo
de satélite do fim da tarde de 4 de janeiro de 2016 mostra a situação
meteorológica na hora da tempestade de areia. No círculo vermelho estão nuvens
cumulonimbus.
Nuvens
carregadas (manchas azuladas e vermelhas) associadas com a frente fria ainda
surgiam sobre a Bahia no início da noite de 5 de janeiro de 2016.
Estas nuvens
vão crescer em várias regiões baianas até o fim da semana provocando temporais.
Outras
nuvens que se formam no Tocantins, no sul do Maranhão e do Piauí também podem
avançar para o interior baiano trazendo tempestades.
Não há mais
condições para o levantamento intenso de poeira como ocorreu na tarde do dia 4,
pois a chuva molha o solo e baixa a temperatura do ar.
Fonte: Clima
tempo
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