sexta-feira, 24 de junho de 2016

#1AnoDeSaudade: A herança de um ídolo



Talvez o grande desafio dos fãs e admiradores do cantor Cristiano Araújo seja encontrar um remédio que cure a saudade.

Dia 24 de junho de 2015 o Brasil acordou com a notícia apreensiva de um grave acidente de carro sofrido pelo artista quando voltava de um show em Itumbiara.

Ele lutou pela vida, mas não resistiu aos ferimentos – assim como sua namorada, Allana Moraes – e deixou uma legião de seguidores, de amigos e família obrigada a enfrentar uma despedida inesperada, que encheu o coração de angústia pelos tantos sonhos que foram embora bruscamente.

Cristiano Araújo morreu na melhor fase da sua carreira profissional. Ele vinha de duas turnês internacionais (EUA e Europa) e tinha uma agenda lotada de apresentações no Nordeste, o que era algo difícil para um nome sertanejo até mesmo consagrado.

Ele fazia uma média de 25 shows por mês pelo País, com cachê de R$ 200 mil, e era um dos artistas mais cogitados por produtores de eventos pelo retorno de público, como aconteceu em 2012 no palco da Pecuária de Goiânia quando ele bateu o recorde do parque com 78 mil pessoas.

A morte envolvendo Cristiano Araújo dividiu o Brasil. Uma parte não sabia de quem se tratava e outra lamentava a tragédia.

Apresentadores de TV durante a cobertura do acidente até confundiram seu sobrenome com o do jogador português Cristiano Ronaldo.

O El País chegou a defini-lo como “o cantor que ninguém conhecia, exceto milhões”. Apesar de shows lotados pelo Brasil, o sertanejo não tinha grande espaço na mídia nacional, principalmente em cadernos culturais do eixo Rio-São Paulo.

Talvez por isso a repercussão de sua morte foi algo tão incomum. “A gente precisava apenas aparecer mais na mídia para consagrar a carreira dele”, analisa João Reis, pai do cantor.

O artista alcançou a fama, mas não teve muito tempo para aproveitar. Foram quatro anos intensos de carreira, desde o primeiro sucesso, Efeitos, sua principal composição autoral, lançada em 2011.

Cristiano já tinha alguns projetos encaminhados. Ele estava gravando músicas para o próximo DVD e também preparando um disco de modão.

 Estão guardados ainda três shows inéditos realizados na Pecuária de Goiânia, um em Brasília e outro em Teresina. Após sua morte, alguns músicos - de um total de 50 - que o acompanhavam se encaixaram em outras bandas, como de Humberto & Ronaldo, Henrique & Juliano, Gusttavo Lima, Bruno & Marrone e Victor & Leo. Já o seu produtor Rafael Vanucci segue agora com seu irmão, Felipe Araújo, 20 anos.

A história de Cristiano Araújo é parecida com a de quase todos os artistas que buscam o sucesso no mercado sertanejo.

Família sem condição financeira e que dedica o pouco que tem para formar um artista. O pai João Reis tinha um lava jato no Setor Marista e enquanto trabalhava limpando os carros, o filho soltava a voz no estúdio improvisado montado no local.

O que ganhava investia em instrumentos, em aulas de canto para o filho, além de acompanhar o menino em pequenos festivais de música. Ele também tinha um bom relacionamento, com amizades com Leandro & Leonardo, Zezé Di Camargo & Luciano e Bruno & Marrone.



Por Bruno Felix (O Popular)

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