Diante da
repercussão negativa do decreto assinado na semana passada que extinguiu a
Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), os ministros Sarney Filho (Meio
Ambiente) e Fernando Coelho Filho (Minas Energia) anunciaram nesta
segunda-feira, 28, em coletiva no Palácio do Planalto, que o presidente Michel
Temer decidiu revogar o decreto e assinar um novo texto para
"clarificar" a questão.
"O
decreto sai hoje", disse Sarney. "Esse novo decreto revoga decreto
anterior ao mesmo tempo que clarifica as questões."
Coelho
Filho, que na última sexta-feira concedeu uma coletiva e gravou vídeos para
negar que haveria desmatamento na Amazônia, admitiu que o novo decreto é
"fruto do desdobramento que teve a repercussão" do decreto anterior.
O ministro
disse ainda que a ideia é desmistificar também notícias de que investidores
internacionais já tinham conhecimento prévio do tema e afirmou que o assunto
era público aqui no Brasil desde novembro de 2016.
Sarney
Filho, por sua vez, disse que, embora o MMA não tenha participado das
discussões inicialmente, a repercussão negativa do decreto trouxe a ideia de
que o governo poderia estar permitindo o desmatamento da Amazônia. "Houve
muita confusão da compreensão do que era uma reserva de mineração",
destacou. "A interpretação que se deu ao fim dessa reserva era que a
Amazônia estava liberada. Um equívoco", completou, ressaltando que o
governo não quer dar a ideia de que estão "afrouxando a regra contra o
desmatamento da Amazônia".
O ministro
do Meio Ambiente disse ainda que, durante sua gestão, alguns institutos que
medem o desmatamento da Amazônia atestaram que a curva de desmatamento
registrou queda "depois de 5 anos". Sarney Filho disse ainda que a
Amazônia não é o pulmão do mundo e sim "o ar condicionado num mundo
aquecido".
Sarney Filho
explicou que o decreto mantém extinção da Renca, mas o novo texto prevê
restrição a pesquisa ou lavra em áreas de preservação.
Fonte:
Conteúdo Estadão
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