A Secretaria
de Meio Ambiente de Flores de Goiás, no nordeste do estado, aplicou uma multa
de R$ 25 milhões ao governo do estado de Goiás pelos danos ambientais causados
pelo fechamento das comportas que cortou, por completo, a vazão do Rio Paranã,
que banha o município.
A multa é
uma resposta ao desastre ambiental, que secou por completo o rio por cerca de
24 horas, com prejuízos sem precedentes para a fauna e o bioma local.
A barragem
do Rio Paranã é administrada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico,
Pecuária e de Irrigação do estado de Goiás, que foi construída no leito do rio
para a ampliação da área irrigada nos municípios de São João da Aliança e
Flores de Goiás, além de uma suposta melhoria de vazão do próprio rio.
O processo
foi movido pela Secretaria de Meio Ambiente do município.
Segundo o
secretário Josias Pereira, foi feito um trabalho minucioso pela equipe de
servidores da Secretaria Municipal para medir os impactos ambientais e ficou
claro que o fechamento das comportas da barragem comprometeu seriamente o
ecossistema, gerando prejuízos irreversíveis à fauna e à flora local.
"O
valor da multa foi de acordo com o dano causado, todo o impacto causado pela
ação do estado foi espantoso, que não demonstrou nenhuma vontade de compensar
os danos.
Temos
fiscais competentes em nosso municípios, concursados e preocupados com os
nossos recursos naturais, estamos sofrendo muito impacto a frente desta
secretaria porque estamos dando o nosso melhor", disse Josias.
Ainda de
acordo com o secretário, seria injusto que o estado não fosse responsabilizado
por seus atos.
"A
administração nos deu autonomia para decidir sobre as infrações, confiei
inteiramente no potencial dos meus fiscais, estudaram muito e respeitaram todos
os princípios administrativos, éticos e morais, além da complexidade do dano
para chegar ao justo valor", informou.
Fonte:
Dinomar Miranda
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