A região do
Riachão, comunidade quilombola em Monte Alegre de Goiás, recebeu, na última
semana, a visita da promotora Úrsula Catarina Fernandes da Silva Pinto, da
Promotoria de Justiça de Cavalcante.
A visita
aconteceu a convite da matriarca calunga Dona Procópia. Na ocasião, a promotora
conheceu as instalações do quilombo e ouviu reivindicações da comunidade. Esta
é a primeira vez que um membro do Ministério Público de Goiás visita a região.
No encontro,
estiveram presentes ainda os juízes Pedro Piazzalunga Cesário Pereira e
Fernando Marney Oliveira de Carvalho; o prefeito de Monte Alegre de Goiás,
Juvenal Fernandes de Almeida; o secretário municipal de Saúde, Juvenal
Fernandes de Almeida Júnior; a enfermeira Fátima Gonçalves Messias Takahashi, a
secretária municipal de educação, Karina Pereira Ramos da Cunha; a
subsecretária de Educação, Maria Sueli Pereira de Araújo; o sargento da Polícia
Militar Alberto Pereira; além dos vereadores Gustavo Ribeiro de Souza, Severino
da Silva Santiago e Floriano Barbo Rodrigues Neto.
De início, a
promotora conversou com a comunidade sobre temas relativos à violência
doméstica e sexual, os direitos e obrigações dos moradores da região, além de
ouvir as maiores dificuldades enfrentadas pelos habitantes do quilombo, com
destaque para as questões de saúde e de transporte escolar. Os quilombolas
entregaram também um abaixo-assinado reivindicando um posto de saúde para o
local. Na ocasião, a promotora foi presenteada pela matriarca Dona Procópia com
uma bolsa feita em processo artesanal.
Ainda como
parte da visita, as autoridades percorreram, de canoa e caminhando, cerca 1,5
km até a Escola Kalunga I, já no município de Cavalcante. No local, a promotora
falou com alunos e professores e ressaltou a importância de se lutar para
alcançar os sonhos, além de saber dos direitos e obrigações.
Ao fim, a
promotora proclamou o poema ‘‘Quilombo Kalunga’’, de autoria da moradora do
quilombo e integrante da Academia de Letras e Artes do Nordeste Goiano
(Alaneg), Lourdes Fernandes de Sousa. Os quilombolas pediram ainda outra visita
da promotora ao local.
Fonte: MPGO
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