Em um país
democrático, o processo eleitoral ainda é a forma mais justa para determinar
quem será o responsável e líder pelos próximos anos.
Para isso,
alianças entre pessoas, partidos políticos ou ideologias são construídas, de
modo que se possa ter mais força ou lobby para que um membro seja eleito e
passe a influenciar na sua esfera.
Após o
encerramento das eleições, passamos a ter um grupo de pessoas que chamamos de
oposição, ou seja, aqueles que perderam nas urnas. O outro grupo, denominamos
situação, palavra que tem como sinônimo, na política, governo e poder.
A maioria
dos sinônimos para oposição é formada por palavras que trazem a ideia de que
sempre deve haver algo contra, o que pode ser considerado, no caso da política,
contra ideias, soluções ou ações.
A realidade
a que assistimos nos noticiários é exatamente assim: um grupo defende
determinada ideia, e o outro, da oposição, a ideia contrária, o que significa
que quase nunca se apoiam, ao menos de forma aberta.
A
divergência de ideias é saudável e ajuda no crescimento de uma sociedade, mas
será que essa briga entre oposição e situação não se dá apenas para conquistar
mais poder?
Não vejo uma
discussão saudável em que os indivíduos que formam a sociedade são levados em
consideração. Apenas jogam ao vento debates entre quem está no governo e quem
quer estar lá, e quem acaba pagando esse alto preço da briga de egos é cada um
de nós. Estamos à mercê de um modelo disfuncional que privilegia o poder pelo
poder.
Esse é um
modelo fracassado de política. Então, como sair dessa situação em que os
agentes de mudanças são os que causam a paralisia do País?
Por que um
cidadão comum, sem partido, sem ter que fazer alianças para futuras trocas de
favores, não pode ser candidato e eleito?
Se a
sociedade é representada por cada um de nós, seria justo escolher alguém que
venha dela, e não mais candidatos frutos de articulações de conluio e pujança.
Por Fabio Steren, consultor em segurança, empresário e
associado do IEE.
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