A Secretaria
de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) encontrou mais de 1 mil
hectares de desmatamento em uma propriedade rural de Cavalcante, região
nordeste de Goiás. O proprietário foi autuado em R$ 2,1 milhões pela supressão
irregular de 1.029 hectares. Desses, mais de sete estavam dentro de Área de
Proteção Permanente.
A ação
integra a Operação Presença, que descobriu desmatamento em área pertencente à
comunidade kalunga, que reúne famílias remanescentes de escravos. Na ocasião,
ao menos 530 hectares de mata virgem foram devastados.
Realizada
pela Semad com apoio do Grupo Tático 3, polícias Civil e Militar, a operação
começou na segunda-feira (22), menos de 20 dias depois da descoberta de
minerações sem qualquer licenciamento e supressões vegetais irregulares em
áreas públicas e particulares.
Uma delas
pertence ao prefeito de Cavalcante, Josemar Saraiva Freire (PSDB), que, segundo
a Semad, emitiu licenças sem validade para o desmatamento de propriedades de
sua posse.
A Reportagem
entrou em contato com o prefeito às 9h32, por mensagem, mas não obteve retorno
até a última atualização desta reportagem.
Área
kalunga
No último
dia 4, a Semad já havia localizado um pedaço de terra nativa pertencente ao
território kalunga sendo desmatado. Na ocasião, mais de 500 hectares foram
destruídos.
À época, a
Semad havia informado que multou os responsáveis em R$ 300 mil. Porém, o órgão
atualizou os valores nesta quarta-feira (24). No total, as multas somam mais de
R$ 5 milhões.
Na primeira operação, além de embargar a área, os fiscais também apreenderam 300 toneladas de calcário, minério usado para preparar o solo para o plantio.
Fonte: G1
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