Walter Horita |
Após pagarem
US$ 240 por hectare em royalties à Monsanto para se livrar da lagarta
helicoverpa, alguns produtores de algodão do oeste baiano que usaram no último
ciclo, o 2013/14, variedades de sementes da empresa com a nova tecnologia
resistente a lagartas, a Bollgard II RR Flex (conhecida com Bt2), depararam-se
com um fato inesperado. Ao beneficiar o algodão, em vez de 40% de fibra,
obtiveram um percentual bem mais baixo: em média de 35%.
Eles agora
negociam com a multinacional uma indenização. A Monsanto não revelou a qual
montante deve chegar o ressarcimento, mas cálculos do mercado indicam que deve
ficar entre R$ 10 milhões e R$ 12 milhões, um pouco abaixo dos cerca de R$ 15
milhões que a empresa teria faturado na mesma safra com os royalties cobrados
da tecnologia na Bahia.
O gerente de
marketing de algodão da Monsanto, Eduardo Navarro, disse que a empresa
acompanha os produtores que usaram as sementes desde que apareceram os
primeiros relatos, ainda em julho deste ano. A safra 2013/14 marcou a estreia
no país dessa tecnologia, que foi incorporada em quatro variedades produzidas
pela Delta Pine, empresa de sementes controlada pela múlti.
Foram
produzidas e vendidas sementes suficientes para plantar 60 mil hectares com a
tecnologia em 2013/14. Em torno 31 mil hectares foram cultivados em Mato Grosso
e 29 mil, na Bahia – respectivamente, o primeiro e o segundo maiores produtores
nacionais da pluma.
Veja o
complemento da informação no Jornal Expresso
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