Moreno, de cabelos encaracolados e olhar desconfiado, o filho mais velho de Delson e Eliana Brandão, Leonardo, de 22 anos, é um pedaço pouco conhecido da surpreendente vida do jovem casal de Riacho Grande, na Bahia.
Foi por
causa de Arthur e Heitor que o jovem entrou para ficar na vida da família. E,
sem condições de medir as consequências da aproximação, os gêmeos siameses
proporcionaram um novo sentido à vida do rapaz.
Natural de
Divinópolis de Goiás, na região Nordeste do Estado, Leonardo tinha 17 anos
quando veio para Goiânia “render” um irmão que acompanhava a irmã mais velha em
tratamento médico no HMI.
O quarto
dela ficava ao lado daquele onde os gêmeos siameses estavam. “Foi uma paixão
doida pelos meninos”, conta Delson. Eliana, que estava sem o marido em Goiânia,
contou com a ajuda constante e dedicada do adolescente. Quando a família voltou
à Bahia para aguardar o momento da cirurgia de separação, Leonardo não teve
dúvidas, foi embora junto e foi acolhido como filho.
Delson e
Eliana são chamados por ele como painho e mainha. “Quando ele decidiu ficar,
avisamos que ele seria tratado como filho, se fosse necessário seria corrigido
e assim tem sido”, afirma o pai.
Eliana sai
na defesa de Leonardo e garante que ele é um garoto dedicado, que ajuda muito
no cuidado com as crianças. Enquanto Delson fica em casa para garantir o
sustento da família, é Leonardo que faz companhia a Eliana em Goiânia. Aqui,
voltou a estudar. “Lá em Divinópolis eu morava com minha avó, mas ia lá só para
dormir, a maior parte do tempo ficava com meus amigos na rua”.
Leonardo não
abandonou de tudo a família em Divinópolis. “De vez em quando vou lá, fico
cinco dias, mas não consigo ficar muito tempo longe. Sinto saudades demais”,
ele diz sobre os Brandão. Arthur e Heitor são hoje a maior referência na vida
do adolescente. É com eles que exercita as brincadeiras e os sorrisos que não
desfrutou na sua própria infância”. Delson e Eliana também são pais de Cecília,
de 7 anos.
Fonte: O Popular
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