O cartunista
Christie Queiroz lançou recentemente em Goiânia a trilogia “Cabeça Oca em Terra
Ronca”. No livro, o personagem embarca em uma viagem às cavernas do parque
localizado em São Domingos, na região nordeste de Goiás onde encontra
personagens fantásticos como elfos, fadas e insetos gigantes.
Segundo o
autor, a ideia surgiu há quatro anos durante um sonho. “Eu vi no meu sonho que
eu falava dessa história, folheava o livro enquanto dava uma entrevista e ficou
muito marcado para mim as imagens e o que a história contava”, conta.
Desde então,
ele trabalhou, junto a nomes como o ilustrador Watson Portela, o colorista
Ellis Carlos e Andrea Freccero, que desenvolve capas para publicações da Disney
na Itália, para dar ao ambiente do cerrado elementos do universo mágico
normalmente associado à mitologia céltica.
“Desde que
iniciei meu trabalho, tenho um desejo muito grande de divulgar nosso estado e,
observando o trabalho de outros autores, percebi que fazem isso com a França e
Itália, por exemplo. Então, por que não fazer em Goiás?”, diz.
A publicação
representou um desafio para o autor, já que foi esta é sua estreia no estilo
graphic novel. A história soma 92 páginas e é bem mais longa que as tirinhas
publicadas no jornal. “As paginas têm um desenho diferente, o trabalho é muito
realista, detalhista. O Cabeça Oca mantém a simplicidade, mas tem todo um
universo detalhado em volta dele”, conta Christie.
Celebração
O lançamento
da trilogia, o 23º livro publicado por Christie Queiroz, coincide com a
comemoração de 25 anos do personagem. Em um momento de reflexão, o autor
observa que ao longo desse tempo muitas mudanças ocorreram nas publicações.
“A diferença
do Cabeça Oca visualmente é muito gritante, foi uma amadurecida muito grande no
trabalho. Antes os temas das histórias eram muito inspirados em situações que
eu tinha vivido, depois foi chegando um momento que percebi que o personagem
tinha ganhado ‘vida própria’, o jeito de agir dele é muito diferente do meu”,
conta.
Ele se diz
orgulhoso do fato do personagem já fazer parte da vida de diferentes gerações.
“O principal de tudo isso, que me deixa bastante orgulhoso, é saber que a
criança de 7 anos que lia a tirinha há 25 anos hoje já é pai de família e
também lê com seus filhos. Nesse período, muitas crianças passaram e muitas cresceram e o Cabeça Oca continua sendo
publicado sem interrupção”, celebra.
Fonte: G1
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