Imagem Ilustrativa |
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Alguns dias
atrás num programa de TV mostrava a imagem de um casal abandonando o seu cão
numa rua e sem perceber a câmera do prédio em frente flagrou a cena. Presenciei
uma senhora que assistia ao programa numa sala de espera fazendo comentários
emotivos reprovando a atitude do casal.
Os
comentaristas no programa também criticaram o casal com indignação. No bloco
seguinte do programa já mostraram o cão com seus novos donos. Aliviada, a
senhora que assistia ao programa exclamou “que pessoas de bom coração”.
No entanto a
mesma senhora havia comentado com alguém que o seu cachorro foi levado para o
canil, mas ela não foi pegar de volta já que “me atentava muito” dizia ela.
Isso mostra a ambiguidade nessa relação de amor e responsabilidade do ser
humano com os seus animais de estimação. Quer dizer, muitos humanos utilizam-se
dos animais como mais um objeto e esquecem que precisam de alimentação,
medicamentos, higiene.
No Brasil,
maltratar animais de qualquer espécie é considerado CRIME AMBIENTAL, segundo
prevê o art. 32 da Lei nº 9.605, de1998, com pena de detenção de três meses a
um ano e multa. Além da violência
física, são considerados maus tratos contra os animais: o abandono em via
pública; mantê-lo permanentemente acorrentado; não abrigar do sol e da chuva;
mantê-lo em local pequeno, não higiênico e/ou sem ventilação adequada; não alimentar
diariamente; negar assistência ao ferido; obrigar o animal a trabalho
excessivo, etc.
Os Centros
de Zoonoses (conhecidos como canil) são entidades da administração municipal
que cuida do controle de doenças dos animais abandonados como cães e gatos. Em
várias cidades, esses locais são bem administrados, promovem campanhas de
adoção e tem acompanhamento veterinário. Mas nem sempre foi assim. Era comum a
prática de sacrificar os animais para diminuir sua população nas ruas. Os
resultados não foram o que todos esperavam.
De acordo com um estudo da UFPR, foi comparada
a situação de duas cidades: em Curitiba a carrocinha funcionou durante 30 anos,
recolhendo e assassinando milhares de animais, já em Londrina este serviço
nunca existiu, porém a proporção de cães por habitante nas duas cidades é
exatamente a mesma. Está mais do que provado que, além de antiético, este
método não resolve o problema, apenas gasta inutilmente dinheiro público,
vitima animais e presta um desserviço à evolução da consciência humana.
(www.resgateseuamigo.com.br)
De acordo
com a APA (Associação e Proteção Animal) a estatística que exemplifica o número
de cães que podem ser originários de uma só cadela:
01 (uma)
cadela aos seis meses de idade entra no cio e aos oito meses produz 06 (seis)
filhotes; Oito meses depois, os seis filhotes mais a mãe vão ser sete
produzindo mais seis filhotes cada, totalizando 42 (quarenta e dois) animais;
De um a
quatro meses, as 42 filhotes mais as sete mães vão ser 49 animais produzindo,
no mínimo, 294 cãezinhos.
Dois anos
passados, serão 294 filhotes e 49 mães, ou seja, 343 cães produzindo, cada um,
no mínimo, seis filhotes, o que vai equivaler a 2058 animais; (http://apaprotecaoanimal.org.br).
Ainda de acordo com a Associação, a castração é a retirada do útero, ovário e
trompas das fêmeas e testículos dos machos. O animal não sofre, pois é usada
anestesia e todos os cuidados para seu
bem estar e recuperação.
Recentemente
foi adotado o Canil em Divinópolis objetivando a proteção da saúde pública. A
princípio pareceu uma medida acertada, mas na prática não resolve o problema,
pelo contrário cria outras demandas.
Por exemplo,
presos no canil nada impedem os animais de continuar procriando. Além disso,
ocorrem os gastos com funcionário, a alimentação dos animais, a higienização do
local. Dependendo do tempo em que os animais ficarão “morando” no canil, as
despesas aumentam. Levando em consideração que um cão vive em torno de 11 a 12
anos, o projeto canil para as pequenas cidades se torna inviável.
Atualmente,
todas as ONG’s de proteção animal orientam para medidas de castração que é uma
maneira eficaz e menos onerosa para diminuir o número de animais abandonados.
Em várias cidades a castração já é adotada sem custo para a população.
A
administração municipal contrata uma equipe de Veterinários capacitados para
realizar o procedimento cirúrgico. Aliado a isso se adota o cadastro dos
animais e realizam campanhas educativas para a adoção e posse responsável. Com essas medidas, em curto espaço de tempo,
não haverá animais abandonados sendo adotados compulsoriamente. As pessoas que
desejarem ter em casa um cão, a única maneira será adquirir nas casas
especializadas. E quem faz esse tipo de investimento não abandona seu animal.
Com isso, a tendência é o Canil talvez nem mesmo precise existir.
O que
distingue o homem dos animais? É a sua capacidade de transformar a natureza de
acordo com sua inteligência e vontade.
Vale a pena
conhecer os novos projetos para diminuir os cães nas ruas: Acesse o site: amigosdosanimaisdetatui.blogspot.com.br
(Por Dalvan
G. Silva)
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