Os cuidados
no combate à dengue e à febre chikungunya – ambas transmitidas pelo mosquito
Aedes aegypti – devem ser redobrados no período chuvoso.
Sem a
presença costumeira dos governos e prefeituras com anúncios e campanhas para
reduzir casos de contaminação, a dengue pode bater seu próprio recorde em 2015
e ser o grande problema de saúde do ano. A diferença dos anos anteriores é que
ela agora tem uma doença-irmã, a chikungunya.
Dados
recentes do boletim de dengue em Goiás, da Secretaria Estadual de Saúde (SES),
já revelam um aumento de 21,26% de contaminações em relação a 2014. No ranking
de cidades goianas com maior taxa de notificações da moléstia, a Capital lidera
com 1.997 casos registrados.
Aparecida de
Goiânia ocupa a segunda posição com 720 acometimentos e Anápolis vem em quinto
lugar, com 201 frequência. Os números coletados em janeiro, portanto já
desatualizados, podem ser ainda maiores no mês de fevereiro.
O secretário
estadual de Saúde, Leonardo Vilela, diz que a culpa maior é da população. Ele
afirma que 80% dos criadouros do transmissor de ambas as doenças estão dentro
dos domicílios. “Apenas 20% estão em logradouros públicos. É preciso que a
população elimine os focos do criadouro do chikungunya, que é o mesmo da
dengue”. A infectologista da Secretaria
de Saúde do Distrito Federal Eliana Bicudo informa que as chuvas são um tempero
a mais para a proliferação da doença.
Ela lembra
que o principal sinal de alerta para as duas doenças é a febre, sobretudo
quando desacompanhada de outros sintomas gripais, como dor de garganta e
coriza.
“Às vezes,
se mistura um pouco os quadros virais. Se tenho febre sem dor de garganta, mas
com dor muscular, diarreia, temos que pensar em dengue ou chikungunya, que têm
a mesma sintomatologia”, explicou.
Para evitar
o aumento de casos de ambas as doenças, a orientação, de acordo com a
infectologista, é que as pessoas reforcem as ações para eliminar criadouros dos
mosquitos. As medidas incluem, por exemplo, verificar se a caixa d’água está
bem fechada, não acumular vasilhames no quintal, verificar se as calhas estão
entupidas e colocar areia nos pratos dos vasos de planta.
ÁGUA PARADA
“A febre
chikungunya só entrou no País e fez essa festa toda porque temos mosquito
demais devido à água parada”, disse. “O que a gente tem como reflexo é a não
adesão aos cuidados com a água parada. Afinal, não existe mosquito sem água
parada”, concluiu.
Dados do
Ministério da Saúde indicam que 2015 registrou um aumento de 57,2% dos casos
notificados de dengue no mês de janeiro, comparado ao mesmo período do ano
passado. Foram 40.916 notificações no primeiro mês deste ano, contra os 26.017
em janeiro de 2014.
No caso da
febre chikungunya, o balanço mostra um total de 23 casos da doença, sendo 22 na
Bahia e um em Goiás. Em 2014, foram confirmados 2.847 casos, sendo 94
importados, ou seja, de pessoas que viajaram para países com transmissão da
doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela e Ilhas do Caribe.
(Fonte: Agência Brasil)
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