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Afastado do cargo comandante da PM de Alto Paraíso/GO



O major da Polícia Militar de Goiás (PMGO), Carlos Eduardo Belelli, não comanda mais a 14ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) de Alto Paraíso de Goiás, que abrange também São João d’Aliança, no Nordeste Goiano.

O substituto já teria sido designado: o também major, Isaías Inácio, atualmente comandante do 21º Batalhão de Polícia Militar (BPM), em Planaltina de Goiás.

O comando da PM teria afastado o oficial devido à forte pressão de integrantes de movimentos sociais, como a Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), e do ouvidor agrário nacional, desembargador Gercino José da Silva Filho, presidente da Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo (CNVC).

Major Belelli foi afastado do cargo nessa sexta-feira (21), depois da audiência pública, em São João d’Aliança, proposta pela FNL, com a presença do ouvidor nacional e do chefe do Estado-Maior da PMGO, coronel Victor Dragalzew Júnior.

Na ocasião, Hugo Daniel, líder do movimento, chamou de “desrespeitosas” determinadas ações da PMGO na cidade, como na desocupação, segundo o camponês, sem ordem judicial, da Fazenda Isabel, pertencente ao espólio de Abib Miguel.

O assunto foi uma das pautas da audiência, na qual o líder também disse sofrer constantes ameaças de morte.

Comandante da 14ª CIPM, major Belelli foi citado diretamente com responsável pelas ações da PM. O oficial era uma das autoridades que participavam da audiência, que reuniu, ainda, o vice-prefeito Ielson Antônio Szervinsk (ex-PV), os vereadores Celino do Projeto (PP) e Nelton Zeca Niquinha (PV), e representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e de outras entidades.

CLIMA TENSO

O clima foi tenso, na quinta-feira (20), em São João d’Aliança. Em dado momento, major Belelli discursava, quando foi interrompido pelo desembargador Gercino José, que pediu a remoção dele da Chapada dos Veadeiros.

O oficial pontuava sobre a legalidade da ação da PM na desocupação da Fazenda Isabel, instante em que Gercino o interrompeu, informando-o que seu discurso se estendia muito.

Após isso, Gercino ainda afirmou que o major “tinha problemas” e solicitaria, junto ao Governo do Estado, a sua transferência da região. Neste momento, parte da plateia, maioria formada por trabalhadores rurais, aplaudiu o representante do MDA.

Informações procedentes de São João d’Aliança dão conta de que o major Belelli estaria disposto a entrar com mandado de segurança, a fim de restabelecer seu cargo e, posteriormente, ajuizar uma ação de danos morais, em desfavor do ouvidor agrário nacional. A reportagem não confirmou essa informação.

Fonte: Diário do Norte

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