Juiz acolhe pedido do MP e mantém afastamento de prefeita e vereador de São Domingos/GO por mais 90 dias
Acolhendo
pedido feito pelo promotor de Justiça Douglas Chegury e Paulo Brondi, o juiz
Fernando Oliveira Samuel determinou hoje (21/8) a prorrogação do afastamento da
prefeita de São Domingos, Jovita Ribeiro da Silva, e do vereador João da Lú por
mais 90 dias.
O magistrado
observou na decisão que “quem parece ser capaz de chegar a atear fogo em
cheques emitidos por um ente público, como narrado na inicial, não deve
conhecer limites de fazer impor os interesses pessoais em manifesto e completo
desrespeito ao interesse público”. Clique aqui para ler a íntegra da decisão.
Para o MP,
como o prazo de afastamento encontra-se próximo de expirar e os réus têm
colocado obstáculos ao trâmite regular do processo, fez-se necessária a
prorrogação do afastamento, para que a instrução processual seja concluída.
Na ação
cautelar de afastamento, os promotores sustentaram que, quando Jovita Ribeiro
era presidente da Câmara de Vereadores, emitiu 10 cheques pós-datados em favor
do vereador João de Lú, a título de antecipação de subsídio.
Após a situação ser conhecida pelos demais
vereadores, Jovita, já ocupando o cargo de prefeita, ofereceu dinheiro e outros
benefícios para que não fosse delatada pelos parlamentares. Ao negarem o
suborno, ela os ameaçou dizendo que, se fosse cassada, daria um jeito de cassar
todo mundo.
Além disso,
logo que soube do início das investigações, Jovita e João de Lú procuraram o
portador dos cheques e destruíram os documentos, queimando-os.
Em razão da
tentativa de suborno, da ameaça a testemunhas e da destruição de provas, o juiz
afastou ambos de seus cargos por 90 dias, conforme previsto no artigo 20 da Lei
de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992).
Após
concluído o inquérito civil que apurou as ilegalidades, o Ministério Público
propôs ação civil pública de improbidade administrativa contra Jovita e o
vereador João de Lú.
Na ação foi
pedida a condenação de ambos à perda da função pública, à suspensão dos
direitos políticos e ao pagamento de multa civil, além do pagamento de R$ 50
mil em danos morais coletivos. Confira aqui a ação inicial.
Fonte: MPGO
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