quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Matrinchã /GO: Secretário de finanças alega humilhações



Como o delegado Kleber Toledo, titular da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), chegou a antecipar à imprensa, Daniel Antônio de Sousa e Elizete Bruno de Bastos conheciam bem o seu algoz. Ontem, o secretário de Finanças de Matrinchã, Hélio Alves Soyer, de 66 anos, se apresentou à Polícia Civil na companhia de um advogado e confirmou ter assassinado o prefeito e a primeira-dama do município no dia 4, na residência do casal.

Até o fechamento desta edição, a polícia não havia confirmado a notícia, mas familiares do secretário informaram que ele foi convencido a se entregar. Ele alegou interesse pessoal para cometer o crime.

Hélio Soyer estava desaparecido de Matrinchã desde a semana passada. Na cidade muita gente chegou a imaginar que ele também teria sido assassinado. Embora ocupando cargo no primeiro escalão da administração local desde a gestão anterior, ele não tinha residência no município, se alternando entre Matrinchã e Nova Veneza.

 A reportagem apurou que na sexta-feira ele comentou com um familiar a sua participação no crime e, apesar de dizer que não tinha saúde para ficar preso, foi convencido a se apresentar.

O depoimento teria durado horas sob sigilo absoluto. O titular da Deic, Kleber Toledo, indicado por superiores da Polícia Civil a assumir o caso, deixou a delegacia no início da tarde.

 O delegado teria ouvido do secretário a mesma versão que ele contou à família: que ele próprio executou o casal.

 Na noite anterior ao crime, o prefeito, a primeira-dama, Hélio Soyer e o secretário de Administração, Cleyb Bueno de Moraes, se reuniram na casa desse último para discutir a Festa do Peão na cidade. O casal voltou para a chácara onde morava, a 7 quilômetros do centro de Matrinchã, por volta das 23 horas. Há indícios de que Hélio Soyer teria sido convidado a dormir na propriedade.

“Estou em pânico, desesperado com essa notícia”, comentou Cleyb Bueno ao POPULAR ao ser informado da apresentação de Hélio Soyer. Segundo ele, não havia desavenças entre o prefeito e o secretário, mas o jornal apurou que Daniel de Sousa não confiava em Soyer, tanto que ele não tinha a senha da conta bancária da prefeitura, embora ocupasse a Secretaria de Finanças.

 À família, o secretário contou que o prefeito o humilhava muito e que insistia em que assinasse papéis fraudulentos, por isso teria decidido matá-lo. A notícia de que Hélio Soyer teria se entregado voltou a abalar Matrinchã 7 dias após o duplo homicídio.

Fonte: O Popular

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