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MP oferece denúncia contra organização criminosa responsável por roubos a bancos. Grupo subtraiu R$ 640 mil de banco em Cavalcante/GO



O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Goiás ofereceu denúncia contra oito pessoas integrantes de uma organização criminosa que atuava na modalidade conhecida como “novo cangaço”.

Em um dos fatos, ocorrido no dia 30 de junho de 2016, por volta das 20h50, o grupo explodiu a agência do Banco do Brasil de Cavalcante, subtraindo o valor de R$ 640.979,50. A força dos explosivos destruiu completamente o edifício que abrigava o banco, que era a única agência instalada no município, tendo sido suficiente para arremessar o cofre central para um terreno vizinho e causar destruição nas residências e estabelecimentos empresariais ao redor do local.

É apontado na ação que, além da destruição do banco, o grupo, organizado com clara divisão de tarefas, causou pânico na população local. Conforme apurado nas investigações, eles estavam fortemente armados e sitiaram o município, efetuando disparos de arma de fogo em direção a pontos estratégicos da cidade, atingindo o Fórum e residências localizadas na praça central, incluindo a casa de parente da promotora de Justiça local. De acordo com a denúncia, o objetivo era inibir possível ação policial.

Durante a ação do grupo, enquanto alguns denunciados fixavam os explosivos na agência bancária, outros efetuavam os disparos em frente ao banco e na praça central. Alguns dos disparos efetuados em frente à agência atingiram o carro de um casal de moradores que, em decorrência dos estilhaços, sofreu cortes nos braços e pernas.

A ação é assinada pelos promotores de Justiça do Gaeco.

A ação criminosa

Segundo apurado, após recolherem o dinheiro, o grupo fugiu pela rodovia que liga Cavalcante a Alto Paraíso. Em seguida, ateou fogo em um dos veículos e seguiu para a propriedade de um dos denunciados, localizada na zona rural de Minaçu. Durante a investigação, foram encontrados estojos de munição calibre .30, mesmo calibre utilizado pela organização criminosa em outros municípios.

De acordo com a denúncia, os denunciados também praticaram crimes dessa modalidade em agências bancárias nas cidades de São Miguel do Araguaia (em 13/1/2016), Fazenda Nova, Mara Rosa (em 14/3/2016), Santa Terezinha de Goiás (em 26/10/2016) e Santana do Araguaia (PA), além da explosão de um carro-forte na rodovia que liga as cidades de Campinaçu a Formoso (em 10/11/2016).

Apurou-se ainda que o armamento, bem como os artefatos explosivos utilizados pela organização criminosa em cada um desses municípios, possui características idênticas, os quais, por sua vez, são os mesmos roubados pelos acusados no município de Barro Alto, em 9 de outubro de 2015, e furtados no dia 30 de janeiro de 2015, em empresa localizada na zona rural do município de Hidrolândia.

Divisão de tarefas

De acordo com os autos, Daniel Xavier da Silva ocupa posição de liderança no grupo, juntamente com Luiz Lizete Domingues e Azenilto José da Costa.

Nos roubos envolvendo agências bancárias, ele acompanhava Azenilto, que é o explosivista, para o interior da agência onde instalavam os explosivos. No caso de roubos envolvendo carros-forte, ele operava o fuzil antitanque, calibre .50, utilizado para fazer o veículo parar.

Além disso, Luiz coordenava a ação do grupo do lado externo das agências, cronometrando as atividades, cuidando dos reféns e fazendo a denominada “segurança de perímetro”. Já Wilbon Desidério de Sousa atuava do lado externo das agências bancárias, operando armas longas calibres 5.56, 7.62, .12, .30 etc. Wilbon também realizava o reconhecimento e levantamento de possíveis locais para roubo, bem como providenciava os meios para fuga.

Welles Desidério de Sousa é irmão de Wilbon e integrava a organização criminosa. Rafael Marcelo de Souza é sobrinho de Azenilto e atuava na logística das ações. Em razão de não possuir passagens criminais, ele buscava e devolvia as armas e explosivos nos esconderijos, recebia e distribuía dinheiro nas contas dos envolvidos nas ações, comprava e cadastrava chips e aparelhos telefônicos.

Lucas Alcântara dos Santos de Souza era responsável pela fuga dos integrantes da organização, por queimar os veículos logo após os roubos e esconder vestígios. Por fim, Hugo Sérgio Borges era o responsável pela “base” da organização criminosa, tanto de armas e explosivos quanto para planejamento e fuga das ações.

Eles foram denunciados por roubo qualificado, pelo emprego de violência que resultou em lesão corporal grave, e por integrar organização criminosa. Os promotores pediram ainda a decretação de prisão preventiva dos denunciados, sustentando que “a medida visa garantir a ordem pública, a preservação da instrução criminal e a fiel execução da pena”. E acrescentaram que, “uma vez em liberdade, poderão evadir-se do distrito da culpa ou até mesmo colocar em risco a integridade física e psicológica das testemunhas”.

Dos oito réus, sete estão presos em razão de outras denúncias já oferecidas contra eles.

Com informações: MPGO

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