O projeto do
Trem de Passageiros para o Corredor Brasília-Anápolis-Goiânia, também conhecido
como Trem-Pequi, em breve, será realidade para Goiás.
Defendido
pelo governador Marconi Perillo desde seu primeiro mandato, o tão sonhado
projeto atenderá as demandas de caráter urbano e semi-urbano proporcionando um
transporte de qualidade aos cidadãos.
Atualmente o
projeto encontra-se na área técnica da Agência Nacional de Transportes Urbanos
(ANTT). Estudos acabaram de ser concluídos pelo governo de Goiás e entregues à
Agência, que agora debruça sobre os documentos que vão embasar o futuro
processo licitatório e, a partir daí, abrir para audiências públicas para
viabilidade da obra. Ainda não há previsão de realização desses encontros.
O Estudo de
Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental prevê que a viagem de Brasília a
Goiânia seja de aproximadamente 70 minutos com seis estações de passageiros:
Brasília, Samambaia, Alexânia, Abadiânia, Anápolis e Goiânia.
Segundo o
coordenador do projeto, consultor Bernardo Figueiredo, o trem terá o padrão que
circula na Europa e nos Estados Unidos.
O custo para
a implantação do sistema ferroviário é de R$ 9,5 bilhões, sendo R$7,5 bilhões
vindos da iniciativa privada e R$ 2 bilhões divididos entre os Governos de
Goiás, Distrito Federal e União. Segundo Bernardo, já estão sendo articuladas
conversas com grupos de investidores interessados.
Para esse
estudo de viabilidade, a modalidade de contrato é uma Parceria Público-Privada
(PPP) com o período de concessão de 33 anos, sendo que as obras ocorrerão nos
três primeiros anos e a operação nos 30 anos seguintes.
Em audiência
com o presidente Temer no início de março, Marconi disse que se tudo correr
dentro da normalidade, a ferrovia deverá ser inaugurada no máximo em três anos
após o início da construção. “Se a licitação for resolvida ainda este ano, com
certeza em três anos é possível a realização da obra. Estamos otimistas,
especialmente com a conclusão da tomada de subsídios”, concluiu.
Alto padrão
O trem será
exclusivamente de passageiros, com a passagem no valor aproximado de R$ 100.
Segundo o estudo, os passageiros viajarão sentados, haverá ar condicionado,
acesso ao wi-fi e banheiros. Bernardo afirma que será um sistema com alta
qualidade tanto em conforto como em ganho de tempo. “São trens com condições de
viagem acima do padrão. Um sistema de qualidade e seguro”.
Quando
comparados ao uso do automóvel, por exemplo, para este mesmo percurso, o
sistema ferroviário se destaca principalmente no ganho do tempo de viagem. A
velocidade máxima operacional do trem será de até 250Km/h, dependendo de como a
via será preparada e do mercado.
Numa viagem
de carro, este percurso geralmente é feito em duas horas, num custo de R$ 90
reais (na gasolina). Outros fatores como o cansaço físico da viagem e possíveis
congestionamentos em entradas e saídas das cidades também são pontos negativos
do uso dos automóveis. O ganho de tempo de velocidade do sistema ferroviário,
por trafegar com velocidades superiores, pode competir com os usuários da
rodovia, bem como passageiros de ônibus e avião.
Trajeto em Goiânia
Segundo
projeto, no rumo para a cidade de Goiânia, a ferrovia corre paralelamente à
BR-060, onde cruza com a rodovia em dois pontos, por viaduto e por um túnel.
Após atravessar a rodovia BR-060 por túnel, a ferrovia vai na direção oeste até
a várzea do Rio Meio Ponte e entrar na mancha urbana da Região Metropolitana.
Já dentro do
município, a ferrovia vai em superfície até a Rua Dr. Constantino Gomes. Para
evitar grande interferência no funcionamento da cidade, optou-se pelo
subterrâneo até o fim da linha na Estação de Goiânia na Praça do Trabalhador.
O traçado em
subterrâneo terá uma extensão de 1.531 metros, a estação será enterrada e
estará localizada à Praça do Trabalhador. Segundo estudo, a região já é
valorizada e possui um uso comercial intenso, além de excelente acessibilidade.
Juntas, as Regiões Metropolitanas de Goiânia e Brasília têm 6 milhões de
consumidores. Diante desse cenário, o trem poderá potencializar o
desenvolvimento econômico regional.
Bernardo
alerta que, quando o trem passa por determinados pontos, vai ajudar na
estruturação da região, além de revitalizar. “Muitas vezes áreas que estavam
degradadas poderão ser revitalizadas. Induz o desenvolvimento dessas áreas”,
diz. Este sistema de transporte vai valorizar o espaço urbano e, por outro
lado, esses mesmos empreendimentos que vão se desenvolver, também garantirão um
fluxo de passageiros adicional à ferrovia.
Fonte:
Governo de Goiás
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