Com base no
depoimento de quatro delatores, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB),
é acusado de receber 10 milhões de reais da Odebrecht. Desse valor, 2 milhões
foram pagos na campanha de 2010 e outros 8 milhões na campanha à reeleição para
o governo de Goiás, em 2014.
Nas eleições
de 2010, o pagamento de 2 milhões tinha uma contrapartida: Marconi Perillo
teria que viabilizar para a Odebrecht projeto na área de saneamento no entorno
goiano.
Nas eleições
de 2014, Perillo chegou a pedir 50 milhões para a Odebrecht, mas a empresa só
liberou 8 milhões. Perillo participou de reuniões com os executivos e pediu
pessoalmente a colaboração financeira.
Nas eleições
de 2010, Marconi declarou gastos oficiais junto ao Tribunal Superior Eleitoral
no valor de 29,7 milhões de reais, mas o nome da Odebrecht não aparece entre os
doadores de campanha. Em 2014, Marconi declarou gastos oficiais de 25,2 milhões
de reais. A Odebrecht aparece como doadora, mas com valores declarados que não
chegam a um quarto do que ele recebeu.
Marconi
Perillo pediu à Odebrecht uma quantia de R$ 50 milhões. "Ele queria uma
quantia importante do grupo Odebrecht, mas não teve coragem de falar na frente
do Marcelo", aponta o delator Alexandre Barradas. Marconi acabou sendo
atendido em R$ 8 milhões, como consta de várias delações. "Esses R$ 50
milhões eram uma referência, né", aposta Alexandre.
Veja abaixo
o depoimento de Alexandre Barradas:
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