O servidor
público de 36 anos, que foi preso suspeito de estuprar uma turista alemã, de
23, alegou em depoimento à polícia que o sexo entre ele e a jovem foi
consentido, em Alto Paraíso de Goiás, na região nordeste do estado.
Segundo o
delegado José Antônio Sena informou à TV Anhanguera, o homem confirmou que teve
relação sexual com a turista, mas que não houve violência.
De acordo
com a Polícia Civil, o suspeito fez, na quinta-feira (20), exame de corpo de
delito no Instito Médico Legal (IML) de Formosa, no Entorno do Distrito
Federal.
O caso
aconteceu no último domingo (16). Segundo a Polícia Civil, o homem abordou a
vítima enquanto ela fazia uma caminhada. Com uma faca, a turista foi ameaçada e
obrigada a acompanhá-lo até um matagal, onde o crime foi cometido. A jovem
estava na cidade há duas semanas para passear e prestar serviços voluntários.
Neste dia,
ela saiu pela manhã com o intuito de fazer uma caminhada de 15 km em uma
estrada de terra da cidade. A investigação apontou que a vítima foi levada a um
trecho do matagal às margens da estrada cerca de 50 metros distante da pista.
Lá, tirou a roupa dela à força, cometeu o crime e depois deixou que jovem fosse
embora.
"Quando
ela já tinha percorrido cerca de 8 km, um carro com dois homens se aproximou
dela. O suspeito estava no banco do carona. Eles começaram a puxar assunto, mas
como ela não fala português, apenas ignorou. Porém, o servidor desceu e começou
a segui-la a pé e o carro foi embora. Logo em seguida, o suspeito sacou uma
faca", disse o delegado.
Amiga fez a denúncia
Após o fato,
a turista conseguiu uma carona e voltou para o hotel onde estava hospedada.
Assustada, ela não queria procurar a polícia. Porém, contou a situação a uma
amiga brasileira, que foi até à delegacia e registrou a ocorrência.
A corporação
começou a fazer buscas e localizou o suspeito na casa dos pais, também em Alto
Paraíso, descansando em uma rede. Ele foi abordado e conduzido para
averiguação. "Quando prendemos, a turista estava em Brasília, tentando
antecipar a volta para a Alemanha. Porém, pedimos que ela retornasse para fazer
o reconhecimento formal do suspeito, o que ocorreu", explicou o delegado.
O servidor
já era investigado por ao menos quatro furtos. Em um dos casos, chegou a ser
levado para a delegacia e demonstrou uma característica que chamou a atenção
dos policiais.
"Naquela
ocasião, ele ficou em silêncio, mas começou a chorar afirmando que estava
arrependido do que fez. Em depoimento, a turista afirmou que depois do estupro,
ele agiu da mesma forma: lhe pediu desculpas e começou a chorar", conta.
Ao depor, o
homem se reservou ao direito de permanecer em silêncio. Ele será indiciado por
estupro e se condenado, pode pegar de 8 a 15 anos de prisão.
Fonte: G1
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