Dupla é presa suspeita de elo com morte de fisioterapeuta após encontro marcado pelas redes sociais, em Formosa/GO
Vitor e Handerson foram presos; queimaduras sofridas ao incendiar carro ajudaram polícia na localização |
Carlos Augusto foi morto com um tiro na cabeça após encontro marcado pelas redes sociais |
Dois homens
foram presos suspeitos de participação no homicídio do fisioterapeuta Carlos
Augusto Araújo, em Formosa, no Entorno do Distrito Federal. Segundo a Polícia
Civil, ele foi executado com um tiro na cabeça depois de ter marcado um
encontro com um dos suspeitos pelas redes sociais. Em seguida, seu corpo foi
jogado em uma ribanceira e o carro, incendiado. Outros dois envolvidos, cujas
identidades estão sob sigilo, seguem foragidos.
Ainda de
acordo com a corporação, o intuito, inicialmente, era roubar o carro de Carlos
Augusto, pois ele teria uma dívida de droga com um dos suspeitos. Porém, com o
desenrolar da investigação, descobriu-se que a morte também tinha caráter
homofóbico, uma vez que o fisioterapeuta era homossexual.
Vitor
Fonseca Campos, de 22 anos, e Handerson Pires dos Reis, de 30, foram detidos na
sexta-feira (5). A polícia informou que eles confessaram participação no
assassinado, mas ainda não têm advogados.
O delegado
Vytautas Zumas afirmou que Carlos Augusto começou a conversar com Vitor pelas
redes sociais e marcaram um encontro com a justificativa de usar drogas. Na
madrugada de quarta-feira (3), o fisioterapeuta foi até a casa do rapaz para
buscá-lo. Quando ele chegou, no entanto, três homens entraram dentro do carro.
"Um dos
amigos do Vitor, por coincidência, conhecia o Carlos Augusto, alegando que ele
não havia pago uma dívida de droga. Então eles se planejaram para sair com a
vítima e, em dado momento, roubar o carro e abandonar a vítima", explica.
Tiro na cabeça
Quando Vitor
e os outros dois comparsas entraram no carro, o fisioterapeuta não reconheceu o
credor. Eles combinaram então de seguir até um trecho da GO-116, mais afastado,
que dá acesso ao Salto do Itiquira, para evitar qualquer abordagem da polícia.
Porém, no
caminho, segundo o delegado, Carlos começou a cortejar os dois rapazes que
estavam no banco de trás. Foi quando o crime aconteceu.
"Mesmo
dirigindo, ele colocava a mão para trás e passava nas pernas dos dois homens.
Um deles pediu que parasse o carro para poder fazer xixi. Antes que ele
descesse, um deles deu um tiro na cabeça do fisioterapeuta", explica.
Logo após,
eles abandonaram o corpo em uma ribanceira, pegaram o carro e voltaram para a
cidade.
Flagrado em posto
No retorno,
o trio passou na casa de Handerson. De lá, o grupo foi até um posto de
combustíveis, onde ele comprou um galão de gasolina para incendiar o carro. O
circuito interno do local o flagrou, ajudando a polícia a identificá-lo e
localizá-lo.
De acordo
com a polícia, os quatro foram até um bairro afastado da cidade e atearam fogo
no veículo. Neste momento, houve uma explosão e Vitor e Handerson sofreram
queimaduras, o que, conforme a polícia, também corrobora com a participação
deles no crime.
O carro foi
encontrado na manhã de quarta-feira, horas antes do corpo do fisioterapeuta.
A corporação
ainda procura os outros dois envolvidos no caso, bem como a arma usada no
homicídio.
Fonte: G1
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