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Padrasto é preso em Alvorada do Norte/GO suspeito de matar e sumir com corpo de jovem em Valparaíso de Goiás

Família até hoje não sabe onde está Thayná Ferreira Alves, que desapareceu em Valparaíso de Goiás
Imagem de câmera de segurança mostra quando Thayná saiu de casa no dia do desaparecimento com o padrasto, em Valparaíso de Goiás

A Polícia Civil de Goiás prendeu, no último dia 20 de junho de 2019, Waldezar Cordeiro de Matos, 69 anos, suspeito de matar e sumir com o corpo da enteada Thayná Ferreira Alves, 21 anos, em fevereiro de 2017, em Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal.

Segundo o delegado, Rafael Abrão, o suspeito foi preso em Alvorada do Norte, no nordeste de Goiás. Ainda de acordo com Abrão, Waldezar apresentou advogado após a prisão. A polícia não soube informar o nome e a reportagem não conseguiu contato.

Waldezar chegou a ficar preso temporariamente na época do crime por 30 dias. Ele sempre negou o crime.

“Ele foi preso agora preventivamente. Eu não posso dar detalhes sobre o caso, mas saiu o mandado de prisão ele foi preso de novo por homicídio e ocultação de cadáver. Essa prisão não tem prazo, não é como aquela última dele que ficou só 30 dias. Ele deve responder o processo todo preso”, disse Rafael Abrão.

Ainda segundo o delegado, o mandado de prisão preventiva foi expedido no dia 18 de junho.

“Desde então, a gente estava empreendendo diligências para poder prendê-lo. Ele já está recolhido no presídio de Valparaíso”, informou o delegado.

Para a mãe de Thayná, Jussara Ferreira Lacerda, que já cavou em mais de 30 pontos diferentes atrás do corpo da filha, a prisão é vista com certo alívio.

“Eu me sinto um pouco aliviada, porque o principal suspeito estava solto e eu chorando dia e noite a morte da minha filha. É uma dor que não vai acabar nunca. Ele acabou com a minha vida. Como sempre digo, vou lutar sempre por Justiça, que é o que ela faria por mim se fosse o contrário”, disse a mãe.

Jussara afirma ainda que não basta só a prisão do suspeito, mas também encontrar o corpo da filha. “A Justiça entendeu que ele é culpado, mas eu sigo pedindo a Deus que ele confesse e fale onde colocou o corpo da minha filha. Quero ter o direito de mãe de dar um enterro digno a minha filha”, disse a mãe.

O advogado de Jussarra, José Carlos Carvalho, disse que a decisão pela prisão é da juíza Lorena Prudente Mendes, titular da Vara Criminal de Valparaíso de Goiás.

“A prisão dele foi por feminicídio, com três qualificadoras, porque ele é o padrasto dela. Não posso dar muitos detalhes porque nós pedimos o sigilo no processo. Mas vejo que a Justiça começou a ser feita”, disse o advogado informando que está no caso há 8 meses.

Desaparecimento

Thayná desapareceu no dia 16 de fevereiro de 2017. Ela foi vista pela última vez com o padrasto. Imagens de câmeras de segurança mostraram quando os dois saem de carro para que ele, supostamente, a deixasse em um ponto de ônibus na BR-040. Desde então ela não foi mais vista.

A mãe da jovem conta que morava com Waldezar desde que a filha tinha 4 anos.

As imagens da câmera que mostram toda a movimentação no dia do desaparecimento fazem parte da investigação.

Até hoje, Jussara anda com uma pá no porta-malas do carro e vai até uma mata entre Valparaíso de Goiás e Cidade Ocidental, onde cava para tentar achar o corpo da filha.

É nesta área onde Waldezar fez uma ligação telefônica para a mãe da vítima no dia do desaparecimento. Nas investigações, a Polícia Civil conseguiu a quebra do sigilo telefônico dele e apontou que o mesmo esteve na mata, no dia do desaparecimento, em um raio de 3 km.

Jussara Ferreira procura corpo da filha, Thayná, em mata

 
Fonte: G1

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