O ano era
2002. O montanhismo e o esporte de aventura levaram André Dib a uma outra forma
de expressão não menos empolgante: a fotografia. Em sua mente, o desejo de
registrar lugares isolados pelo mundo foi ganhando força e isso o levou a
incluir a preocupação socioambiental na bagagem de vida e nos seus livros
publicados.
Com 44 anos
de idade, ele já esteve em diversos pontos do planeta e fez cliques em todos os
estados brasileiros. “Os lugares me emocionam. A Antártida, em especial, me
toca muito, assim como as montanhas ou a imensidão da Amazônia”, diz.
Atualmente,
o fotógrafo documentarista trabalha para lançar uma nova obra sobre a Chapada
dos Veadeiros, em Goiás. Um testemunho de amor a uma das áreas mais
deslumbrantes do Brasil. Aliás, o lugar onde Dib escolheu para morar.
“Viver na
Chapada é estar próximo de tudo aquilo que eu acredito. Da janela de casa, já
se sente o ar puro. Alguns passos e já possível se refrescar num poço de água
cristalina ou cruzar com um animal se alimentando em meio ao Cerrado
preservado. As pessoas daqui também vivenciam essa ideia da preservação, da
participação coletiva em prol da natureza. Mais que tudo, é um aprendizado”,
afirma o fotógrafo, aproveitando para citar uma frase do escritor moçambicano
Mia Couto que se encaixa perfeitamente nesse contexto: “Nas regiões que visito,
encontro gente que não sabe ler livros, mas que sabe 'ler' o mundo. Nesse
universo de outros saberes, sou eu o analfabeto."
Na
realidade, fotografar a fauna da Chapada dos Veadeiros não é uma tarefa fácil.
Mas os bichos estão lá, um pouco mais escondidos.
Pelas lentes
de Dib já passaram lobo-guará, tamanduá-bandeira, veado-campeiro, muitas aves,
anfíbios e répteis. Entre as preciosidades está um animal raro e que corre um
sério risco de extinção: o pato-mergulhão (Mergus octosetaceous).
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