Crise fiscal em Monte Alegre de Goiás. Servidores param e prefeito ameaça com ação judicial. Há quase R$ 2 milhões em dívidas de precatórios
A crise em
Monte Alegre de Goiás, nordeste do estado, parece não ter fim.
Como já
publicamos há dias, a prefeitura do município está com sérias dificuldades em
honrar os compromissos financeiros com os servidores públicos.
Neste início
de novembro, a chapa voltou a esquentar.
Um
comunicado do Sindicato dos Professores do Estado de Goiás foi distribuído à
comunidade informando que, caso o
pagamento de todos os servidores da educação municipal não fosse quitado até
ontem (11), haveria paralisação das atividades nos dias 12, 13 e 14.
O que de
fato acabou acontecendo.
Ainda
segundo o comunicado, a classe de profissionais está muito preocupada com o
fechamento do ano letivo, mas, em virtude da situação, não há outra saída a não
ser a paralisação.
Há
servidores sem receber salários há mais de três meses.
Contas
simples de água, luz e internet estão sem serem pagas por muitos deles, por
falta de recursos.
Muitos dos
servidores estão se socorrendo a parentes para poder comprar alimentos,
medicamentos e outros itens básico de sobrevivência.
Para piorar,
parece que o prefeito da cidade, Juvenal Fernandes, fechou todas as portas para
o diálogo.
Em um
comunicado, o prefeito mandou informar aos professores que o ano letivo ficará
prejudicado com a paralisação e que, por isso, tomará todas as medidas necessárias junto ao Poder Judiciário, como ações penais,
além de representações junto ao Ministério Público de Goiás e ao Conselho
Estadual de Educação.
No documento
divulgado aos professores, o prefeito explica que a falta de pagamento se deve
à determinação do presidente do TJGO (Tribunal de Justiça de Goiás), que
determinou o bloqueio dos repasses ao município, sempre no dia 10 de cada mês,
para o pagamento de precatórios judiciais, por dívidas da prefeitura referentes
ao ano de 2016, quem somam quase R$ 2 milhões de reais.
O bloqueio
nas contas do município, segundo o prefeito, tem inviabilizado tudo, até o
pagamento dos salários dos serviços essenciais.
A situação é
tensa no município.
Fonte: Dinomar Miranda
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