segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Aeródromo de Posse/GO e de outros seis municípios podem ser interditados



Goiás pode ter sete de seus aeródromos interditados em janeiro de 2020. O motivo é o fato deles não terem repassado à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), dentro do prazo estabelecido, informações sobre a infraestrutura existente e sobre procedimentos referentes aos serviços de manutenção e operação pertinentes aos aeroportos.

As unidades que podem ser interditadas estão nos municípios de Posse, Aruanã, Mozarlândia, Santa Helena de Goiás, Quirinópolis, Buriti Alegre e Mineiros.

A Anac informou que está enviando ofícios aos operadores para coletar informações visando manter a vigilância, o cadastro e os contatos atualizados. O prazo de resposta aos ofícios enviados é de 30 dias a partir da data de recebimento. A Agência informa que os operadores que não respeitarem o prazo são alvo de um processo administrativo com o objetivo de iniciar a exclusão cadastral destes sítios aeroportuários, após interdição cautelar das operações. “A medida visa garantir a segurança das operações desses aeródromos” ressalta a Anac.

No início deste ano, 12 aeródromos do Estado já haviam sido alvo de um aviso de interdição cautelar pelo Departamento de Controle de Espaço Aéreo (Decec), da Força Aérea Brasileira (FAB), por terem apresentado o Plano Básico de Zona de Proteção de Aeródromo, que estabelece normas de segurança nas áreas de pousos e decolagens. Mas 11 deles foram liberados em seguida por terem concluído a regularização destes locais.

A provável interdição dos aeródromos é motivo de preocupação para os municípios, que terão sua logística prejudicada. A assessora aeronáutica Lilian Duarte lembra que estes avisos de interdição acontecem em todas regiões do País, e não apenas em Goiás. Segundo ela, os motivos para a falta de prestação das informações podem ser variados, principalmente quando existem problemas de infraestrutura, como má conservação das pistas.

Prejuízos

Lillian lembra que os prejuízos causados pelo fechamento destes aeroportos dependem do nível de utilização de cada um. “Em algumas cidades, eles são muito usados por empresas da região, o que afeta muito a logística e suas operações. Muitas acabam tendo que se deslocar para municípios vizinhos”, destaca. Em algumas regiões, por exemplo, os aeródromos são utilizados por empresas de táxi aéreo, que têm seus serviços prejudicados. “Apesar do problema causado pelas interdições, o grande objetivo destas informações é garantir a segurança dos usuários”, destaca.

Uma das preocupações é com o período de plantio da safra, pois diversas empresas de pulverização aérea operam nestes aeródromos, apesar da maioria das grandes propriedades rurais já possuir pistas de pouso próprias. “Os aeródromos são importante sob o ponto de vista da produção agropecuária, pois são pontos de apoio para essas empresas”, explica o analista técnico do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), Alexandro Alves.

Em nota, a Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), responsável informou que os projetos executados pela empresa contratada para a regularização dos locais não foram aceitos pela Anac. A Goinfra esclareceu que está elaborando novos projetos com equipe própria e que os mesmos devem ser apresentados à Anac, para avaliação, a partir de hoje.

Fonte: O Popular

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