Goiás pode
ter sete de seus aeródromos interditados em janeiro de 2020. O motivo é o fato
deles não terem repassado à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), dentro do
prazo estabelecido, informações sobre a infraestrutura existente e sobre
procedimentos referentes aos serviços de manutenção e operação pertinentes aos
aeroportos.
As unidades
que podem ser interditadas estão nos municípios de Posse, Aruanã, Mozarlândia,
Santa Helena de Goiás, Quirinópolis, Buriti Alegre e Mineiros.
A Anac
informou que está enviando ofícios aos operadores para coletar informações
visando manter a vigilância, o cadastro e os contatos atualizados. O prazo de
resposta aos ofícios enviados é de 30 dias a partir da data de recebimento. A
Agência informa que os operadores que não respeitarem o prazo são alvo de um
processo administrativo com o objetivo de iniciar a exclusão cadastral destes
sítios aeroportuários, após interdição cautelar das operações. “A medida visa
garantir a segurança das operações desses aeródromos” ressalta a Anac.
No início
deste ano, 12 aeródromos do Estado já haviam sido alvo de um aviso de
interdição cautelar pelo Departamento de Controle de Espaço Aéreo (Decec), da
Força Aérea Brasileira (FAB), por terem apresentado o Plano Básico de Zona de
Proteção de Aeródromo, que estabelece normas de segurança nas áreas de pousos e
decolagens. Mas 11 deles foram liberados em seguida por terem concluído a
regularização destes locais.
A provável
interdição dos aeródromos é motivo de preocupação para os municípios, que terão
sua logística prejudicada. A assessora aeronáutica Lilian Duarte lembra que
estes avisos de interdição acontecem em todas regiões do País, e não apenas em
Goiás. Segundo ela, os motivos para a falta de prestação das informações podem
ser variados, principalmente quando existem problemas de infraestrutura, como
má conservação das pistas.
Prejuízos
Lillian
lembra que os prejuízos causados pelo fechamento destes aeroportos dependem do
nível de utilização de cada um. “Em algumas cidades, eles são muito usados por
empresas da região, o que afeta muito a logística e suas operações. Muitas
acabam tendo que se deslocar para municípios vizinhos”, destaca. Em algumas
regiões, por exemplo, os aeródromos são utilizados por empresas de táxi aéreo,
que têm seus serviços prejudicados. “Apesar do problema causado pelas
interdições, o grande objetivo destas informações é garantir a segurança dos
usuários”, destaca.
Uma das
preocupações é com o período de plantio da safra, pois diversas empresas de
pulverização aérea operam nestes aeródromos, apesar da maioria das grandes
propriedades rurais já possuir pistas de pouso próprias. “Os aeródromos são
importante sob o ponto de vista da produção agropecuária, pois são pontos de
apoio para essas empresas”, explica o analista técnico do Instituto para o
Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), Alexandro Alves.
Em nota, a
Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), responsável informou
que os projetos executados pela empresa contratada para a regularização dos
locais não foram aceitos pela Anac. A Goinfra esclareceu que está elaborando
novos projetos com equipe própria e que os mesmos devem ser apresentados à
Anac, para avaliação, a partir de hoje.
Fonte: O
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