LEM-BA: Um ano após crime, família de empresário morto a tiros pede respostas: 'Nada foi feito pela Justiça'
Familiares
do empresário Renato de Souza Lobo, morto a tiros dentro do carro que dirigia
quando chegava em casa, na cidade de Luís Eduardo Magalhães, cidade do oeste da
Bahia, segue sem respostas sobre o crime, que completou um ano nesta
quinta-feira (27).
"Nós
temos uma realidade cruel que é de não ter respostas diante de uma situação tão
trágica, de um crime tão bárbaro, que mexeu com todas as nossas vidas. Uma
pessoa usou do seu livre-arbítrio para tirar a vida dele, na porta do nosso
lar, deixá-lo sangrando nos nossos braços e nada foi feito pela Justiça",
disse a esposa de Renato, Eliandra Fiuza.
"O que
falar quando nós completamos um ano de falta, do amor da minha vida, que partiu
sem o direito de dizer adeus?"
A reportagem
entrou em contato com a Polícia Civil, que não deu etalhes, e disse que a
apuração desse caso corre sob segredo de Justiça.
Em vídeo
enviado pela família de Renato Lobo, a esposa do empresário, que estava grávida
quando aconteceu o crime, conta que a família vem buscando forças através da
fé. Na época, o casal morava com a filha mais velha de Eliandra, enteada de
Renato.
"No dia
27 de maio de 2020, nós perdemos o nosso pilar de forma trágica. E a gente tem
enfrentado todo esse período com uma sensação de que o tempo está passando
rápido e, ao mesmo tempo, de que não está passando", disse Eliandra Fiuza.
"A
gente tem buscado forças através da fé. As pessoas perguntas e falam que estou
sendo forte, mas eu tenho consciência de que a fé é que nos levanta".
Não
conheceu a filha
Renato tinha
40 anos e atuava no ramo de grãos. A primeira filha dele foi batizada como
Renata e nasceu após a morte do empresário. A esposa menta que ele não
conseguiu conhecer "Renatinha".
"Eu
olho para Renatinha e tenho muita gratidão a Deus e a Renato, por ter deixado
esse presente. Mas também não tem como não pensar que foi tirado dela o direito
de conhecer o pai. Foi tirado dele o direito de olhar nos olhos da filha e de
continuar a vida ao nosso lado", disse a esposa de Renato.
Eduarda
Fiuza, enteada do empresário, contou que via em Renato, a figura de um pai.
"Desde o primeiro dia que eu conheci ele, ele falava que eu era uma
Barbie. Ele sempre me tratou muito bem, como uma filha, e eu sempre senti que
ele era um pai para mim, também", disse a adolescente.
"Eu
lembro que a gente fazia um 'cafofo' para assistir filme, a gente fazia pipoca,
a gente ia no CTG, tomava um chimarrão, montava nas éguas e disso eu nunca vou
esquecer", completou.
Caso
Renato de
Souza Lobo foi morto a tiros dentro do carro que dirigia, quando chegava em
casa, no dia 27 de maio de 2020, em Luís Eduardo Magalhães.
A vítima foi
abordada quando por duas pessoas em uma moto. Os suspeitos efetuaram vários
disparos contra o carro e fugiram. Ao menos seis tiros acertaram Renato.
Fonte: G1
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