O governador
Ronaldo Caiado afirmou, em entrevista coletiva, nesta sexta-feira (21/05),
durante inauguração de novos espaços da Federação Goiana de Municípios (FGM),
que os professores devem ser incluídos no Plano Nacional de Imunização (PNI)
contra a Covid-19.
O comunicado
foi feito após reunião com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na noite
desta quinta-feira (20/05), em Brasília. Com a medida, de 15% a 20% das vacinas
enviadas pelo governo federal seriam destinadas para este grupo.
A iniciativa
será votada, ainda hoje, pelos secretários de saúde de estados e municípios que
integram o Congresso Nacional de Saúde (Conas) e o Conselho Nacional de
Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Este é o segundo grupo incluído
como prioritário a pedido de Caiado. O primeiro foi os profissionais de
segurança pública e salvamento.
“Isso nos
dará condições de, rapidamente, voltarmos às aulas, acredito que no fim de
julho e início de agosto”, projetou Caiado. Para sensibilizar o Ministério da
Saúde (MS), o governador ponderou que, além dos professores estarem fora das
salas de aula há mais de um ano, as crianças também dependem da escola para
suprir a dificuldade de acesso à alimentação básica.
“Neste
momento, quando temos uma pandemia com desemprego, nossas crianças sempre
tiveram em suas escolas uma boa nutrição, já que a merenda é a principal
refeição para muitos”, pontuou.
Iquego
Na reunião
com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, Caiado tratou também da
possibilidade de a Indústria Química do Estado de Goiás (Iquego) envasar as vacinas
produzidas pela Sinopharm, quando elas chegarem ao Brasil no segundo semestre
deste ano. “Falei ao ministro do interesse da Iquego em adquirir e repassar as
vacinas ao Ministério da Saúde. Também buscar, ao longo do tempo, porque é uma
vacina que teremos que tomar todos os anos, que a nossa indústria química seja
um braço do Ministério da Saúde, para que possamos fazer o envasamento e,
futuramente, as pesquisas”, disse.
Desde o
início da pandemia, a Iquego teve seu parque industrial reativado, após sete
anos parado, e tem produzido álcool em gel. A empresa tem capacidade para
produzir 70 mil litros por mês. O material é comercializado para municípios e
entidades de todo o país. Além disso, a empresa importa e distribui
dispositivos para aferição de glicemia. Segundo o presidente da Indústria
Química de Goiás, Denes Pereira, até dezembro, a meta é produzir o glicosímetro
em solo goiano. “Graças ao modelo de transferência de tecnologia feita com
empresa de Twain”, afirmou.
A parceria
proposta pelo Governo de Goiás ao Ministério da Saúde, para o envase de vacinas
no Estado, depende apenas da transferência de tecnologia e adequações
estruturais e documentais para preparar a Iquego para o processo.
“A Iquego
juntamente com o Governador do Estado de Goiás, Ronaldo Caiado, está lançando
frentes estratégicas para recuperação e viabilização da Indústria Química do
Estado de Goiás. Por meio da interação com o setor privado e produtivo, a
indústria voltará a ser protagonista no Sistema Único de Saúde (SUS)”, destacou
Denes Pereira.
A
Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou a entrada da vacina chinesa
Sinopharm no consórcio Covax Facility, no qual o Brasil participa. O país
investiu recursos e terá direito a receber 42,5 milhões de doses do grupo.
Segurança
Pública
Os
professores são o segundo grupo prioritário que devem ser incluídos no PNI,
após solicitação do governador Ronaldo Caiado. O primeiro foi o da segurança
pública e salvamento. A medida foi anunciada em março deste ano. A partir dela,
5% do estoque total de vacinas contra Covid-19 encaminhado pelo Ministério da
Saúde a Goiás passaram a ser aplicadas em policiais federais, militares, civis
e rodoviários, bombeiros militares, guardas municipais, além de policiais
técnico-científicos e policiais penais, que são considerados grupos de risco.
Os critérios
prioritários incluem pontos como faixa etária mais avançada e estar na ativa,
conforme estabelece a resolução n° 30 da Coordenação da Comissão Intergestores
Bipartite do Estado de Goiás (CIB). O documento foi publicado, em edição extra
do Diário Oficial do Estado, do dia 24/03, por determinação do governador, após
deliberação e aprovação do Centro de Operações de Emergência de Goiás (COE-GO).
Fonte: Secretaria de Comunicação - Governo de Goiás
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