Equipes da
Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) estiveram no
Parque Estadual de Terra Ronca (PETeR), situado nos municípios de São Domingos
e Guarani de Goiás, no nordeste goiano, para fiscalizar a permanência de gado
no interior da Unidade de Conservação (UC).
Entre os
dias 27 de abril e 09 de maio foram lavrados 17 autos de infração e aplicadas
multas que somam valores superiores a R$ 100 mil (R$ 100.300,00).
De acordo
com o superintendente de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável da
Semad, Robson Disarz, diante das irregularidades, foram cadastrados nove
proprietários que permaneciam com os animais no interior da UC. Eles foram
notificados para que os danos ambientais ao PETeR fossem cessados o quanto antes.
Ainda de
acordo com o superintendente, a permanência desses animais no interior da
Unidade de Conservação coloca em risco as áreas preservadas do parque. O PETeR
destina-se à preservação da flora, fauna, mananciais e, em particular, as áreas
de ocorrência de cavidades naturais subterrâneas e seu entorno, protegendo
sítios naturais de relevância ecológica e reconhecida importância turística.
Disarz
explica ainda que durante a permanência das equipes de fiscalização no local,
além da presença de gado no interior da UC, foram constatadas outras
irregularidades. Os fiscais apreenderam sete armas de fogo e uma motosserra
irregular que seria utilizada no desmatamento sem a devida licença ambiental.
Com um dos pecuaristas foi encontrado ainda um tatu, animal da fauna silvestre
protegido de caça predatória.
O parque
abriga um dos mais importantes conjuntos espeleológicos da América do Sul, com
a ocorrência de cavernas, grutas e dolinas, além da riqueza da fauna e flora
exclusivas do ambiente cavernícola, bem como espécies do Cerrado ameaçadas de
extinção. Possui belezas cênicas como cascatas, cachoeiras e rios de águas
cristalinas, com grande potencial para o desenvolvimento do ecoturismo.
Em meados de
abril a secretária Andréa Vulcanis visitou o parque e, na ocasião lançou a
campanha “Terra Ronca: no coração do Brasil profundo existe um patrimônio da
humanidade”. Seu objetivo é que o complexo de cavernas receba o reconhecimento
de Patrimônio Natural Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação,
a Ciência e a Cultura (Unesco).
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