Trabalhadoras
rurais denunciam que ficaram três horas desta quarta-feira (8) “encarceradas”
indevidamente pela Polícia Militar em um ônibus, em Formosa, no Entorno do
Distrito Federal.
Segundo
elas, 80 mulheres foram obrigadas a entrar no veículo para ir à delegacia após
um protesto contra a Reforma da Previdência na agência do INSS da cidade.
“Ficamos
três horas no ônibus sem comer e sem beber, com as crianças. Uma idosa, de 60
anos, até desmaiou. Depois de muita negociação, nos soltaram”, relatou Patrícia
da Silva, que integra o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Procurada pela
reportagem, a Polícia Militar não se pronunciou sobre a denúncia do MST até a
publicação desta reportagem.
De acordo
com as manifestantes, elas foram levadas para a delegacia porque, durante o ato,
a porta da agência quebrou. No entanto, as camponesas alegam que os próprios
guardas da unidade provocaram o problema. Na ocasião, uma manifestante também
se machucou.
“Nós
tentamos entrar e eles empurraram a porta para evitar que entrássemos. Vieram com
tanta agressão, com tanta força, que a porta caiu para o nosso lado, que caiu
sobre uma senhora que participava do protesto”, relatou.
Segundo
Patrícia, as mulheres foram liberadas após três horas dentro do veículo. Porém
dois integrantes foram presos por depredação. Elas afirmam que vão ficar em
vigília em frente à delegacia até que eles sejam liberados.
As duas
camponesas que se machucaram foram levadas para o Hospital Municipal de
Formosa. Porém, não há informações do estado de saúde delas.
A reportagem
procurou o INSS, mas não obteve um posicionamento ´do instituto sobre o caso
até a publicação desta reportagem.
Fonte: G1
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