Morreram, na
madruga da última segunda-feira (27), Sara e Sofia, as duas bebês gêmeas
siamesas de Campos Belos, nordeste de Goiás.
Ambas as
meninas estavam com cinco meses e de malas prontas para viajarem nesta semana
para Goiânia, capital do estado, quando iriam iniciar os procedimentos
preparatórios para a delicada cirurgia de separação, que poderia ocorrer no
próximo mês de setembro.
Prematuras,
elas nasceram de 33 semanas, ligadas pelo abdômen e compartilhando o fígado.
Ambas
estiveram internadas na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de Goiânia,
depois do nascimento, em 2 de setembro, mantiveram o estado de saúde regular e
em recuperação, até serem liberadas.
Na
oportunidade, o médico Zacharias Calil,
especialista em casos de siameses, acompanhou o parto e monitorou o estado de
saúde das siamesas.
Ele afirmou
que o quadro clínico delas estava muito melhor do que o esperado. No entanto,
explicou que ainda era cedo para vislumbrar a cirurgia de separação.
O nascimento
das gêmeas siamesas Sara e Sofia Alves dos Santos, no Hospital Materno Infantil
(HMI), em Goiânia, repercutiu na imprensa estadual.
40 graus de febre
De acordo
com a família, as gêmeas estavam bem, mas neste domingo amanheceram com febre,
que chegou a 40 graus e com aspecto de uma gripe.
A família
levou as gêmeas ao Hospital Municipal de Campos Belos (público) onde foram
atendidas e liberadas, mesmo com febre alta.
Ainda de
acordo a família, o médico receitou medicamentos e as mandou de volta para casa.
“Nem ao menos olharam a gargantinha das meninas”, disse um familiar. A febre
não cessou, inclusive com os medicamentos receitados.
À noite, a
mãe colocou as crianças para dormir e hoje pela manhã, ambas amanheceram
mortas.
Obvio que
ninguém quer procurar culpados pela morte das crianças. Mas há perguntas que
tem que ser feitas.
Como o
hospital libera um paciente com 40 graus de febre?
Não seria
prudente colocá-las em observação, esperar a febre amainar e investigar as
causas?
Esse teria
que ser o procedimento para qualquer paciente.
Agora
imagine então, duas crianças siamesas, grudadas, pacientes de alto risco e com
necessidade de acompanhamento especialíssimo?
O velório
dos corpinhos das gêmeas siamesas aconteceu na casa da família, no Setor
Bem-Bom, em Campos Belos.
Fonte:
Dinomar Miranda
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