O Ministério
Público de Goiás (MP-GO), por meio da Promotoria de Justiça de Cavalcante,
realizou na tarde da última quinta-feira (2/3), no Fórum da comarca, uma
reunião com as lideranças das comunidades quilombolas da região. O objetivo do
encontro foi discutir as melhorias mais urgentes e necessárias para a
comunidade.
Além da
promotora de Cavalcante, Úrsula Catarina Fernandes, e das lideranças calungas,
participaram também o juiz Pedro Cesário Pereira, o prefeito municipal Josemar
Saraiva, secretários municipais da Educação e da Assistência Social,
professores e conselheiros tutelares.
Entre as
prioridades de infraestrutura a serem buscadas para melhoria da qualidade de
vida nas comunidades calungas, ficou definida que a principal, escolhida pelos
participantes, é a construção de uma ponte sobre o Rio Branco, na região de Vão
das Almas, e outra ponte sobre o Rio Corrente, na região de Maiadinha.
Foi relatado
que a prefeitura tem realizado a conservação de algumas estradas, mas a falta
de pontes não permite o acesso das máquinas a muitos locais. Assim, estradas
mais distantes têm ficado sem os devidos reparos.
As condições
das estradas foram levantadas como um ponto muito importante, pois permite o
acesso às escolas e aos postos de saúde.
O transporte
escolar foi também alvo de queixas de algumas comunidades, que pediram mais
ônibus, para aumentar o número de linhas disponíveis. Outra questão levantada é
o problema de energia em diferentes comunidades, em razão de falta de baterias
das placas de energia solar.
Foi relatada
ainda a necessidade de melhoria da qualidade de ensino, com mais capacitação
para os professores, e uma reflexão acerca das salas multisseriadas, em que
alunos de diferentes níveis escolares no mesmo local têm o aprendizado
prejudicado.
Outro ponto
abordado foi a falta de regularidade na entrega das merendas escolares e falta
de botijão de gás. Segundo os quilombolas, existe um acordo entre as escolas
municipais e estaduais para se resolver esta questão, mas não está funcionando
adequadamente.
Apesar da
escolha de uma ação prioritária, todas as falas e intervenções das lideranças
quilombolas foram registradas pelo MP-GO para serem encaminhadas à prefeitura e
à Secretaria Estadual de Educação. Com relação à construção das pontes, foi
criado um grupo de trabalho com dez integrantes para, juntamente com o
Ministério Público e a prefeitura, atuar nas ações e articulações de
viabilização das obras junto aos poderes Executivo e Legislativo do Estado.
Fonte: MPGO
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