terça-feira, 6 de junho de 2017

Faeg repudia ampliação do Parque da Chapada dos Veadeiros e considera medida como ‘arbitrária’



Após o decreto assinado pelo presidente Michel Temer na última segunda-feira (5) que amplia o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (PNCV) de 65 mil hectares para 240 mil hectares, a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) emitiu nota nesta terça-feira (6) em repúdio ao ato. No texto, a entidade classifica a medida como “arbitrária”.

A unidade conservada, na Região Nordeste de Goiás, até então entre os municípios de Alto Paraíso e Cavalcante passa a ocupar, agora, áreas em Nova Roma, Teresina de Goiás e São João D'Aliança.

Na nota, a Faeg afirma que entende a importância de medidas concretas de preservação ambiental e que tem participado de debates para construir uma política que contemple a preservação ambiental em consonância com as necessidades das populações existentes.

No entanto, para a entidade, o decreto “se concretiza em uma ação que penaliza seis municípios, com população de 37.067 habitantes e centenas de produtores e famílias rurais que sobrevivem na região, que serão prejudicados econômica e socialmente”.

Ainda no texto, a Federação diz que a decisão foi “unilateral”, e a medida, na visão da Faeg, é uma “penalidade à população da Chapada, porque o processo de ampliação estava sendo discutido há mais de oito anos pela Faeg com os governos federal e estadual, de forma ampla e transparente, juntamente com a sociedade civil, com as prefeituras municipais, as instituições de classe, e finalizado por meio de uma decisão unilateral dos governos federal e estadual, sem a apresentação do projeto final e solução das pendências levantadas”.

Nota Oficial: ampliação do Parque da Chapada dos Veadeiros

A Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) vem por meio desta nota repudiar uma medida arbitrária adotada pela Presidência da República, com anuência do Governo do Estado de Goiás, que assinou o decreto da ampliação do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, dos seus atuais 65 mil hectares para 240 mil hectares. Entendemos a importância de medidas concretas de preservação ambiental, e participamos efetivamente dos debates, visando construir uma política que contemple a preservação ambiental em consonância com as necessidades das populações existentes. Porém, o decreto se concretiza em uma ação que penaliza seis municípios, com população de 37.067 habitantes e centenas de produtores e famílias rurais que sobrevivem na região, que serão prejudicados econômica e socialmente.

A medida soa como uma penalidade à população da Chapada, porque o processo de ampliação estava sendo discutido há mais de oito anos pela Faeg com os governos federal e estadual, de forma ampla e transparente, juntamente com a sociedade civil, com as prefeituras municipais, as instituições de classe, e finalizado por meio de uma decisão unilateral dos governos federal e estadual, sem a apresentação do projeto final e solução das pendências levantadas. Ressaltamos que sequer a regularização da primeira etapa da implantação do Parque Nacional, criado há mais de 56 anos foi finalizada, e os proprietários jamais foram indenizados.   Consideramos que a medida foi precipitada, pois existia um acordo entre o Governo do Estado de Goiás e a Faeg, para finalizar a regularização fundiária da região envolvida, visando resguardar o direito de propriedade e suas respectivas indenizações.

Os governantes não levaram em consideração a questão social dos municípios atingidos, pois os verdadeiros defensores e cuidadores das áreas e belezas naturais serão obrigados a deixar suas propriedades sem terem a garantia da indenização de suas terras, o que é arbitrário e totalmente insustentável. Preocupamos com as famílias que serão expulsas da região, totalmente marginalizadas, que irão migrar para as periferias das grandes cidades, num futuro incerto e despreparadas para enfrentar esta nova situação.

A questão da preservação ambiental é fundamental para a sociedade, e a Faeg comunga com este princípio. Zelar do ser humano é também um ato de preservação da vida, do meio ambiente e da paz.

Fonte: O Popular

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