sexta-feira, 9 de junho de 2017

Área expandida do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros tem 180 famílias



A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação de Goiás (SED) estima que 180 famílias estão na área expandida do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (PNCV), no Nordeste goiano.

A indenização dessas pessoas, que têm a posse hereditária da terra por estarem ali há muitos anos, ficará a cargo da União. Entretanto, a verba contemplará apenas as benfeitorias feitas.

“Essas famílias sofrerão prejuízo porque têm a posse da terra, mas não possuem documentação comprobatória”, frisa Sílvio Silva Souza, superintendente de desenvolvimento agrário e fundiário da SED.

Em decreto presidencial publicado ontem no Diário Oficial da União, a unidade de conservação foi ampliada de 65 mil para 240 mil hectares e ocupará áreas nos municípios de Cavalcante, Alto Paraíso, Nova Roma, Teresina de Goiás, Colinas do Sul e São João D’Aliança.

Sílvio ressalta que a pasta não é contra a expansão do parque. “Esperávamos que tivesse uma interlocução maior”, diz acerca da discussão sobre a regularização das propriedades dentro ou próximas ao PNCV.

O decreto de ampliação da unidade de conservação foi assinado pelo presidente Michel Temer na segunda-feira, Dia Mundial do Meio Ambiente. A proposta era debatida de forma mais intensa há pelo menos dois anos entre a gestões estadual e federal.

Em dezembro de 2015, ampliação para aproximadamente 242 mil hectares chegou a ser dada como certa pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), mas Goiás pediu mais prazo para regularizar questões fundiárias.

Em 2016, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão do MMA responsável pela elaboração do projeto de expansão, chegou a negociar a redução da área ampliada para mais de 222 mil hectares, para que Goiás desse o aval para a ampliação.

Entretanto, o Estado apresentou uma contraproposta com uma expansão imediata de 90 mil hectares, de forma fragmentada. Os outros 68 mil seriam somados à área após as regularizações. O formato não foi aceito e a discussão continuou.

No mês passado, a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Secima) apontou que o impasse da regularização estava perto de ser resolvido, devido ao apontamento de medidas para facilitar o pagamento de indenizações das famílias da região afetada. Todavia, a SED reforçava o discurso que a situação da regularização era peculiar.

Gleba legal

De acordo com a SED, cerca de 280 propriedades próximas ao parque deverão ser tituladas. São processos que estão em andamento na Superintendência de Desenvolvimento Agrário e Fundiário (Sedaf) da secretaria por meio do Programa Gleba Legal, criado em 2015 com o objetivo de legalizar as terras devolutas do Estado.

A gestão estadual alega que algumas dessas demandas por regularização fundiária, na região do PNCV, se delongam há mais de 40 anos. As titularizações tinham previsão para término no ano que vem.

O número de processos já finalizados desde o início do projeto não foi divulgado. Entretanto, em maio, 22 procedimentos foram encerrados de terras que estão em Cavalcante, Teresina de Goiás e Colinas de Goiás. De acordo com a SED, estima-se um tempo de seis a dez meses no processo de regularização.

A SED diz que dará continuidade ao trabalho de georreferenciamento iniciado na região. Ele indicará a geolocalização dessas famílias e também fará a medição do terreno, entre outras características importantes para a regularização da terra para os proprietários.

Fonte: O Popular

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