O pedido do
Ministério Público de Goiás (MP-GO) para ter acesso a dados financeiros dos
envolvidos da Operação Caifás, deflagrada no dia 19 de março, foi acatada pelo
juiz Fernando Oliveira Samuel, da 2ª Vara Criminal de Formosa.
O juiz
permitiu a quebra de sigilo bancário e fiscal, além do bloqueio de R$ 1 milhão
de cada um dos nove membros da Diocese que foram presos. A decisão determinou
ainda o sequestro de bens e imóveis dos envolvidos.
O juiz
frisa, no documento, “a plena existência de indícios de que os representados em
questão praticaram crimes de associação criminosa, apropriação indébita e
falsidade ideológica”. A investigação ouviu o depoimento de cerca de 30 fiéis e
interceptou chamadas telefônicas, apurando que o Bispo de Formosa José Ronaldo
Ribeiro estaria utilizando dinheiro de doações para fins pessoais.
Também foram
detidos os padres Tiago Wenceslau, juiz eclesiástico; Monsenhor Epitácio
Cardozo Pereira, vigário-geral da Diocese de Formosa; Padre Moacyr Santana,
pároco da Catedral Nossa Senhora Imaculada Conceição, Formosa; Padre Mário
Vieira de Brito, pároco da Paróquia São José Operário, de Formosa; Padre
Waldoson José de Melo, pároco da Paróquia Sagrada Família, em Posse; Guilherme
Frederico Magalhães, secretário da Cúria de Formosa; e Antônio Rubens Ferreira
e Pedro Henrique Costa Augusto, ambos empresários e suspeitos atuarem como
laranjas.
Além do
desvio de aproximadamente R$ 2 milhões, apura-se a compra de uma caixa lotérica
e de uma fazenda para criação de gado. Com os pedidos de habeas corpus negados,
todos permanecem presos no presídio de Formosa.
Fonte: TJGO
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