O Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) rejeitou recurso e manteve a cassação a candidatura do
prefeito de Divinópolis de Goiás, Alex Santa Cruz Oliveira, e do vice, Jofre
Pereira Cirineu Filho, ambos do PPS.
Com isso,
eles permanecem inelegíveis por 8 anos e terão que pagar multa de R$ 53,2 mil
cada. Eles são acusados de compra de votos, além de doação de combustíveis e
passagens em troca também de votos. Cabe recurso ao pleno do TSE.
A reportagem
entrou em contato com a defesa dos políticos às 9h desta quinta-feira (26), mas
as ligações não foram atendidas até a publicação desta reportagem.
Relator do
caso, o ministro Admar Gonzaga ratificou decisão do juiz Luciano Hanna, do
Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), que tinha determinado ainda que
o presidente da Câmara de Vereadores do município assuma a prefeitura até a
realização de novas eleições.
Segundo as
investigações, os crimes cometidos pelos políticos ocorreram na véspera das eleições
municipais de 2016, da qual Alex e Jofre saíram vencedores.
Nos autos,
constam depoimento de uma eleitora que afirma ter recebido R$ 50 para votar na
chapa do então candidato. A mulher disse que foi abordada em casa no dia do
pleito. A sogra dela, testemunha no caso, confirmou a história.
Além disso,
a apuração apontou que um tio de Alex adquiriu, na véspera da eleição, R$ 2,4
mil litros de gasolina em um posto de combustíveis. O montante foi dividido em
vales de abastecimento de 60 e 40 litros.
A
proprietária do estabelecimento, em depoimento, disse que vários veículos foram
abastecer no local nos dias seguintes usando os vales.
Posteriormente,
o parente do político teria ido ao posto pedindo à mulher que ela emitisse uma
declaração na qual constasse que ele era cliente frequente dela. Segundo o
TRE-GO, essa questão demonstra a tentativa do homem em "obstruir o
andamento" da investigação.
A terceira e
última situação analisada seria o repasse de cerca de 40 passagens de ônibus
para eleitores de Goiânia poderem ir até a cidade para votar.
Fonte: G1
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