Desembargadores
aprovaram, por unanimidade, o habeas corpus do bispo Dom José Ronaldo Ribeiro e
os outros padres presos na operação que apurou desvio de mais de R$ 2 milhões
em dízimos da Diocese de Formosa.
O julgamento
realizado às 13h20 dessa terça-feira (17) era específico para o pedido feito
pela defesa do bispo, confeccionado pelo advogado Lucas Rivas. Ao final da
sustentação oral do defensor, a decisão dos desembargadores foi estender a
decisão ao restante do grupo.
Lucas Rivas
impetrou oito habeas corpus para pedir a soltura de Dom José Ronaldo. Ele já
recebeu o alvará de soltura e segue para Formosa (281 km de Goiânia) para
apresenta-lo no presídio. Na decisão dos desembargadores está determinado que
os acusados devem entregar passaportes e não poderão se ausentar da comarca ou
do País. Eles também devem comparecer mensalmente ao juízo de origem para
justificar suas atividades e devem se recolher todos os dias até as 22 horas.
A decisão
dos desembargadores seguiu o entendimento do próprio Ministério Público. O
procurador Marcos de Abreu e Silva relatou em parecer que os oito poderiam ser
soltos porque o crime que lhes é imputado não empregou violência. Um dos
promotores que atuaram na investigação e na prisão dos religiosos, Douglas
Chegury disse que vai aguardar ter acesso à decisão para se pronunciar, mas
adiantou que, mesmo soltos, os acusados deverão responder ao processo. “Os
fatos ainda serão discutidos na instrução processual.”
Fiéis e
familiares aguardavam os presos na porta do presídio. Dom José Ronaldo saiu
sorridente e foi abraçado pelos presentes. Tanto o bispo quanto os outros
acusados deverão, agora, se apresentar mensalmente ao juízo para informar sobre
as ocupações, precisam estar em casa até as 22 horas e não podem se ausentar da
comarca.
Fonte: O
Popular
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