Documentos revelam que bispo e padres reconheceram o 'sumiço' de R$ 910 mil do caixa da Diocese de Formosa/GO
Documentos
obtidos pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) apontam que alguns
dos religiosos acusados de desvios de dízimos reconheceram a ausência de R$ 910
mil nos caixas das igrejas. O órgão acredita que o padre Waldson José de Melo,
de Posse, o monsenhor Epitácio Cardozo Pereira e o bispo Dom José Ronaldo
embolsavam os valores declarados como “desaparecidos”.
A reportagem
tentou contato com as defesas dos religiosos por telefone e mensagem na noite
de domingo (29), e na manhã desta segunda-feira (30), e aguarda posicionamento
sobre o caso.
Um dos
documentos, assinado pelo monsenhor Epitácio Cardozo, aponta o déficit de mais
de R$ 72 mil, acumulado em 2016, no caixa da Paróquia Divino Espirito Santo, em
Planaltina de Goiás, no Entorno do Distrito Federal.
Outro
relatório, este assinado pelo padre Waldson e pelo bispo Dom José Ronaldo,
aponta a ausência de R$ 274 mil do caixa da Paróquia Sagrada Família em Posse,
no nordeste de Goiás. O montante deveria ser resultado do acúmulo das
arrecadações em 2015.
Segundo o
MP-GO, faltaram ainda R$ 207 mil, que também deveriam ser o saldo de 2015, mas
da Paróquia do Divino Espirito Santo, em Planaltina de Goiás, no Entorno do
Distrito Federal. Por fim, o órgão aponta que “sumiram” outros R$ 357 mil do
caixa da Paróquia Santana, em Posse.
“Dois
documentos são referentes ao monsenhor, outro ao padre Moacyr, da catedral de
Formosa, e outro do padre Wladson, de Posse, com quem foram encontrados R$ 400
mil na conta. Foram três desvios de somas bastante vultosas, inclusive com
assinatura do bispo, atestando que tem ciência do documento, do desaparecimento
do dinheiro”, disse o promotor responsável pela investigação, Douglas Chegury.
Conforme o
promotor, os documentos já fazem parte da denúncia aceita pela Justiça,
portanto, os citados estão respondendo pelo crime de apropriação indébita.
Fonte: G1
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