quarta-feira, 27 de março de 2019

Detran não renovará contrato com UEG para exames de CNH em Goiás



O Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) anunciou, nesta quarta-feira (27), que não renovará o contrato com a Universidade Estadual de Goiás (UEG), atualmente responsável pelas provas práticas para ter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O órgão deverá decidir, nos próximos 30 dias, se reassume a responsabilidade pelos exames ou se abre nova licitação para terceirizar o serviço.

A medida tomada pelo Detran-GO atende a um pedido do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO), que avaliou como irregular continuar a parceria com a UEG por “dispensa de licitação”.

O atual contrato será encerrado no próximo mês de agosto. Até lá, o presidente do órgão, Marcos Roberto Silva, disse que o Departamento fará o possível para cumprir as medidas determinadas pelo TCE.

Segundo o presidente do Detran, o contrato sem licitação com a UEG está em vigor desde 2006 e hoje tem um custo anual de R$ 16 milhões. “Se a gente assumir o serviço teremos uma redução no valor do contrato de 40% a 50%”, informou.

Caso assuma o serviço, o presidente do Detran disse que terá que investir em mais estrutura e ainda ampliar o quadro de 150 funcionários aptos atualmente para aplicar os exames.

"Tudo ainda está sendo avaliado. Estamos conversando direto com o governador. A decisão final é dele. Se for ficar com o Detran, vamos treinar o pessoal para cumprir o que pede o Denatran”, afirmou Marcos.

A UEG assumiu o serviço em uma época na qual havia várias denúncias de possíveis fraudes na realização dos exames. Sobre a possibilidade deste tipo de problema voltar a acontecer, Marcos Roberto disse que hoje existem muito mais instrumentos de fiscalização do que naquela época.

"Hoje, por exemplo, tem a telemetria com uma câmera dentro do carro, que impede fraudes por parte dos instrutores", afirmou o presidente.

Ainda de acordo com ele, a recomendação do TCE foi feita desde 2017 e tanto o Estado, quanto a UEG teriam sido comunicadas na época.

A reportagem entrou em contato com a antiga gestão do Governo de Goiás e com a UEG para saber porque o contrato não foi suspenso antes e ainda aguarda o retorno.

Fonte: G1

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