segunda-feira, 18 de março de 2019

Dinheiro da Celg não deu para metade do esperado



A venda da Celg Distribuição (Celg D) rendeu para o Estado R$ 1,104 bilhão com a conclusão do negócio em fevereiro de 2017. Para ordenar as promessas que foram feitas à época, decretos do governo estadual definiram uma programação da destinação dos recursos financeiros da privatização. E a prioridade era investir em obras de infraestrutura.

A verba, todavia, foi destinada para menos da metade do prometido. E chegou a ser usada até para pagamento da folha de estatal.

De acordo com decretos de março e outubro de 2017, 139 obras estavam listadas entre as prioridades. Mas 80 não foram contempladas, ou 57,55% (Veja no quadro). É o que mostram os ofícios da antiga Secretaria da Fazenda (Sefaz), que detalham os pedidos de depósitos para investimentos com o recurso da Celg D. O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) defendeu que o dinheiro era para investir em obras de infraestrutura social e econômica “estratégicas para o desenvolvimento do Estado”.

Não constavam nos decretos as verbas para operações do dia a dia da Celg Participações (CelgPar), como pagamento de folha e a construção de subestação em Luziânia, que levaram ao todo R$ 50,449 milhões, por exemplo.

Os decretos também não previam o pagamento de parcela da dívida da CelgPar com a Caixa Econômica Federal, que o Estado assumiu, em 2014, para a alienação das ações da distribuidora de energia elétrica, que custou outros R$ 108,972 milhões do total recebido.

A CelgPar se tornou um segundo Tesouro estadual. Como era a CelgPar que detinha as ações da Celg D antes da privatização, Marconi decidiu deixar o recurso na conta da empresa. E para utilizá-lo era preciso encaminhar ofício solicitando o depósito dos valores.

O que foi feito 67 vezes, entre março e dezembro de 2017, através de solicitações encaminhadas pela Sefaz.

Fonte: O Popular

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