Alto
Paraíso, cidade de 7,5 mil habitantes a 200 quilômetros de Brasília, está no
topo do ranking de municípios com maior taxa de crimes de alta prioridade.
O que eleva
o índice de Alto Paraíso são os furtos, que representaram 87% dos crimes de
alta prioridade, em 2018, e 84%, quando observados dados de janeiro a junho
deste ano.
Comandante
da Polícia Militar no município, o major Júnio dos Santos Ferreira explica que
observa uma quantidade grande de furtos a residências e de carros. Segundo ele,
a região é um pouco atípica, com uma quantidade grande de residências em zona
rural. “A maior parte dos furtos são em casas na zona rural. É muita gente que
gosta de morar no meio da natureza”, disse.
De acordo
com ele, mesmo morando em áreas mais afastadas, muitos não têm tido cuidados
com a segurança, deixando suas casas um pouco vulneráveis. “Vimos casos de
pessoas que não colocaram portão ou porteira na entrada no quintal. Então,
falta um pouco de cuidado”, afirmou, explicando que a facilidade chama atenção
do ladrão.
Outro ponto
de destaque, que ajuda a explicar a alta taxa de furtos na cidade, é a
quantidade grande de turistas. Conforme o comandante, por vezes as pessoas vão
tomar banho em cachoeiras, deixam os carros em estradas e quando voltam
percebem que o carro foi furtado.
O delegado
da 11ª Delegacia Regional, que envolve Alto Paraíso, Jandson Bernardo da Silva,
pontua que as características turísticas da cidade contribuem para o alto
índice de furtos. Segundo ele, muitas pessoas possuem casa no município, mas
moram em Brasília ou alguma outra cidade nas proximidades, e vão para Alto
Paraíso somente nos finais de semana e feriados. Com isso, as residências ficam
vazias por longos períodos, o que facilita a ação de ladrões.
O major
Júnio Ferreira, que assumiu o comando da PM na cidade neste ano, explicou que a
primeira ação que tomou foi pedir mais recursos, o que foi atendido, segundo
ele, com aumento de viatura e policiais. A segunda ação foi o aumento de
operações, como blitz e abordagens, com o objetivo de reduzir a criminalidade.
O comandante
diz ainda que tem utilizado o policiamento comunitário, aproximando a PM da
sociedade, utilizando inclusive mídias sociais, como Facebook.
Fonte: O
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