Todos os
usuários do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás
(Ipasgo) devem passar por um recadastramento para atualizar os dados, organizar
as informações e identificar possíveis fraudes e irregularidades.
Um
cruzamento de informações em uma amostragem do banco de dados com todos os 625
mil pacientes do plano de saúde revelou que entre 10% e 15% deles estão
inseridos de forma irregular no sistema. Segundo a atual gestão do instituto, há
casos de crianças titulares de um plano, titulares com mais de 100 anos de
idade e titulares com mais de 40 beneficiários ligados a ele.
Inicialmente,
o presidente do Ipasgo, Silvio Fernandes, anunciou que o recadastramento seria
realizado em cerca de 100 mil usuários, que seriam os casos identificados como
suspeitos. No entanto, na última sexta-feira, o Instituo divulgou uma nota
ampliando este recadastramento para todos os usuários.
Na nota, o
Ipasgo afirmou que está sendo realizado um estudo técnico para a execução deste
processo de recadastramento e que ele já estava no planejamento da nova gestão.
Ainda segundo o Ipasgo, todos os pacientes devem ser informados com
antecedência quando o período do procedimento for acontecer. “O Ipasgo
esclarece ainda que os usuários podem ficar tranquilos que os atendimentos
continuam normais e não haverá nenhum tipo de mudança”, garante nota enviada à
reportagem.
A decisão
anunciada pelo Ipasgo foi tomada no contexto da Operação Morfina, deflagrada
pela Polícia Civil na semana passada, que investiga fraudes no sistema do
instituto. No último dia 1º foram cumpridos quatro mandados de busca e
apreensão, além de oito suspensões do exercício de função pública. Além disso,
foram realizadas seis intimações simultâneas de suspeitos para prestar
depoimento.
Esta
primeira fase da investigação aponta para um esquema formado por funcionários
de uma empresa de tecnologia que presta serviço para o Ipasgo que, segundo a
apuração dos policiais, faziam alterações irregulares no sistema do plano de
saúde para beneficiar clínicas, laboratórios e médicos.
Suspeita
As suspeitas
são de que por meio desta fraude no sistema era possível cometer uma série de
outras irregularidades, como o cadastramento irregular de usuários do Ipasgo.
No último
dia 3, durante o lançamento da retomada das obras do Hospital do Servidor
Público de Goiás, Silvio Fernandes detalhou um pouco sobre as irregularidades
no cadastro. Ele afirmou que foram identificados cerca de 40 casos de titulares
do Ipasgo com 10 anos de idade e vários com mais de 100 anos.
Fonte: O
Popular
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