O presidente
Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira (26) ser
"apaixonado" pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM). A fala
foi dada durante coletiva de imprensa, em frente ao Palácio da Alvorada.
Questionado
sobre as duras críticas feitas a ele por Caiado ontem, o presidente afirmou:
"Não vou discutir isso. Gosto muito do Caiado. Sou apaixonado pelo Caiado.
O dia que conversar pessoal com ele, acho que tudo vai estar esquecido. A gente
vai continuar namorando, com toda certeza. 'Heteramente' falando".
A declaração
de Bolsonaro vem um dia depois de o governador, que foi um de seus principais
aliados desde a eleição de ambos em outubro de 2018, afirmar que as
"decisões do presidente da República em relação à saúde pública não
atravessam as fronteiras de Goiás."
O governador
classificou como "irresponsável" o pronunciamento do presidente na
quarta-feira (25), em que defendeu a flexibilização das medidas de contenção do
novo coronavírus adotadas por governadores.
Caiado se
irritou, ainda, com a classificação dada por Bolsonaro à doença: “Dizer que
isso é um resfriadinho? Uma gripezinha? Ninguém definiu melhor que
(ex-presidente dos EUA Barack) Obama: na política, e na vida, a ignorância não
é uma virtude”.
Reação
A declaração
de Bolsonaro já causou a reação de políticos goianos. Pelo Twitter, o
presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira (PSB), disse que se
tratar de "sinais de dias melhores" e que "vamos vencer essa
guerra!".
Logo em
seguida, também pelo Twitter, o líder do governo Bolsonaro na Câmara dos
Deputados, Vitor Hugo (PSL), alfinetou Caiado, dizendo que o presidente
"foi a Goiás 6 vezes em 2019." "Tem verdadeira admiração e
apreço pelo povo goiano. Ajudou o governo estadual em tudo que foi jurídica e
financeiramente possível, de modo especial no que tange à saúde. Governador, na
vida e na política, ingratidão não é virtude".
Na
quarta-feira, o deputado havia afirmado que tentaria reaproximar os
dois. "A divergência de Bolsonaro com Caiado, outros governadores, e
analistas é sobre a dose do isolamento. A preocupação do presidente é e manter
os empregos, pois quanto mais se aumentar as medidas sanitárias, maior a
repercussão econômica, de desemprego. Então, vamos esperar a poeira abaixar e
tentar fazer essa conversa.”
Fonte: O
Popular
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