Cinzas do incêndio que destruiu parte da Chapada dos Veadeiros são usadas em pintura gigante no Centro de SP
As cinzas do
fogo que destruiu 37 mil hectares da Chapada dos Veadeiros neste ano foram
usadas em uma pintura de mil metros quadrados em um prédio do centro de São
Paulo.
O trabalho é
do projeto “Cinzas da Floresta”, que busca alertar sobre o perigo das queimadas
no país.
“Ela
[pintura] vai estar gritando todos os dias que as cinzas do Cerrado chegaram na
cidade cinza aqui em São Paulo. Para mandar uma mensagem de socorro que a gente
tanto precisa”, afirmou o artista e ativista Mundano.
Para fazer a
pintura, que levou duas semanas para ficar pronta, o artista e ativista Mundano
percorreu, junto com a sua equipe, 10 mil quilômetros pelo Brasil durante as
queimadas deste ano. Eles passaram pelo Pantanal, Amazônia, Mata Atlântica e
Cerrado.
“Foram cerca
de 220 quilos de cinzas e boa parte veio do Cerrado. Cada pigmento tinha uma
particularidade de cada bioma”, contou Mundano.
A pintura é
uma releitura de “O lavrador de Café”, de Cândido Portinari, e levou duas
semanas para ficar pronta. No lugar de trens de ferro, foram pintados caminhões
com pedaços de madeiras. As nuvens viraram fumaça.
Já o
lavrador se tornou um brigadista, inspirado no voluntário Vinícius Diniz
Mendes, brigadista voluntário que atuou no combate às chamas na Chapada dos
Veadeiros.
“O que houve
de muito peculiar esse ano é que o fogo veio com uma intensidade muito grande e
em uma velocidade muito maior, por um período muito maior”, afirmou.
Fonte: G1
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