domingo, 17 de outubro de 2021

Ernesto Roller ataca Ministério Público e promotor Douglas Chegury que responde: “receio de que investigações cheguem até ele”


Ex-prefeito de Formosa e hoje secretário estadual de Governo, Ernesto Roller (sem partido) usou as redes sociais para criticar o Ministério Público e o promotor Douglas Chegury, que conduz investigações relacionadas a desvio de recursos públicos em Formosa.

No post, Roller acusa o MP de ser parcial. “É preciso por um freio na vaidade de alguns membros (pequena parcela) do MP”, escreveu. Por telefone, o promotor rebateu: “São desvios na ordem de R$ 10 milhões e sabemos que há mais pessoas envolvidas. Talvez o receito dele é o de que as investigações cheguem até ele”.

Roller publicou vídeo que contém diálogo atribuído a Chegury com o delegado regional de Formosa, José Antônio Machado Sena. “Quando for operação que quiser me avisa: ‘essa aqui precisa de mais barulho’. Se fosse para parar lá na Câmara, eles vibram. Gostam demais”, diz o trecho do áudio.

Após publicar o vídeo, Ernesto Roller diz não ter medo do promotor Douglas Chegury e o chama de “ordinário”. Em outra postagem, o ex-prefeito indaga sobre defensores de um Ministério Público “isento”. “É preciso por freio na vaidade de alguns membros (pequena parte) do MP. Faz quase três anos que deixei de ser o prefeito, deixe de ser covarde, seu merda!”, xinga.

Promotor diz que há medo de que investigações cheguem no ex-prefeito

Chegury disse que ficou sem entender os “ataques” do secretário de governo. “Não fica bem para um secretário usar esse tipo de palavra em público. Querendo ou não, ele fala em nome do Estado. Não tenho interesse em respondê-lo”, salienta.

O promotor explica que o Ministério Público investiga um ex-secretário de Formosa, além de empresários, por supostas fraudes em contratos de pavimentação asfáltica. No entanto, não há investigação especificamente sobre Roller. “Minha avaliação é que ele está com receio de que as investigações cheguem até ele”, diz.

Desvios

Em fevereiro, o Ministério Público de Goiás deflagrou a Operação Gaugamela, com o objetivo de investigar possíveis irregularidades em licitações de obras de pavimentação asfáltica na cidade de Formosa, entre 2017 e 2018.

Segundo o MP-GO, são alvo da operação o ex-secretário de Obras do município, Jorge Saad Neto; o ex-secretário municipal de Finanças, Luís Gustavo Nunes de Araújo; o empresário André Luiz Gontijo de Souza, proprietário da empresa Multi-X, além das secretarias de Obras, Finanças, Administração, Controle Interno, Licitação e Gestão de Contratos.

Fonte: Mais Goiás

2 comentários:

  1. Jornalista Adelmo de Paula - realmente o Congresso Nacional acordou - a Ré (pública) tem constitucionalmente três poderes: EXECUTIVO, Legislativo e Judiciário. Nas três esferas: Federal, estaduais e municipais. Dizia- se que o IMPRENSA, seria um parto poder. Mas eis que há algum tempo que o Ministério Público, representado por uma minoria de procuradores e promotores, se arvoram e "trabalham" um projeto de criarem um outro poder da República. Veja que o CNMP,que deveria ser o freio de juízo da classe, apenas observa este projeto como se gostasse dele. A lei de abuso de autoridade é apenas uma ferramenta sem corte, caiu em desuso. Alguns membros do MP que participam deste desenfreado projeto de poder, antidemocratico, nocivo ao Estado Democrático de Direito e em nada defende os verdadeiros direitos do cordão - sejam difusos, coletivos ou penais. O Ministério Público órgão indispensável a aplicação do arcabouço jurídico - penal, cível, militar, familiar, ambiental, do trabalho e etc , não pode permitir que alguns promotores e procuradores, usem a força do Parquet para atacar pessoas, grupos políticos e empresas com supostas denúncias - Parabéns ao Congresso Nacional, que deve aprovar a PEC, que alguns chamam de PEC da Vingança, mas que é apenas a um freio corretivo nas atividades ministeriais, em que a nosso ver, em nada atingirá a atividade de um bom promotor ou procurador. Viva a PEC,viva o Congresso Nacional, vamos construir conforme a constituição determina um padrão de atuação ministerial.

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