O DEM e o
PSL deram mais um passo nesta quarta-feira (6) no caminho da fusão para a
criação do novo partido União Brasil. O DEM aprovou a questão por aclamação e o
PSL realizou votação individual, que teve aprovação por unanimidade. As duas
siglas realizam ainda nesta quarta uma convenção conjunta para aprovar os
projetos comuns de Estatuto e o programa do novo partido. Também será eleita a
Comissão Executiva Nacional Instituidora, órgão nacional que promoverá o
registro.
Os ministros
Anderson Torres (Justiça) e Flávia Arruda (Secretaria de Governo) compareceram
às convenções individuais dos dois partidos. Ambos pretendem disputar as
eleições do ano que vem e consideram a nova legenda. Flávia está hoje no PL,
mas tem mantido conversas com dirigentes do DEM e do PSL. Ela pretende disputar
uma vaga ao Senado. Torres, por outro lado, já tem relação com o PSL e visa
conquistar uma cadeira na Câmara dos Deputados.
Os ministros
Onyx Lorenzoni (Trabalho) e Tereza Cristina (Agricultura) também participaram
da convenção do DEM, partido ao qual são filiados. O apresentador de televisão
José Luiz Datena, filiado ao PSL e tido como potencial nome para a disputa à
Presidência da República, esteve presente na convenção conjunta.
Também
estiveram presentes representando seus partidos o presidente do PSDB, Bruno
Araújo; o vice-presidente do Cidadania, Rubens Bueno; o deputado do PDT Mário
Heringer (MG); e o líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL). O presidente
do PSB, Carlos Siqueira, enviou carta ao novo partido.
A união das
duas siglas criará a maior legenda com representação na Câmara, com
potencialmente 81 deputados. A cúpula do novo partido, no entanto, sabe que
haverá defecções, principalmente em março, quando se abrirá o período oficial
para trocas de partidos.
Praticamente
metade da bancada do PSL, que é ligada a Jair Bolsonaro, deverá deixar o
partido. Já no DEM, disputas locais também podem causar baixas.
As cúpulas
de DEM e PSL querem oficializar a fusão das legendas até outubro. Estimam que o
TSE (Tribunal Superior Eleitoral) levará de três a quatro meses para
homologação. A nova legenda precisará da confirmação até abril para disputar as
eleições de 2022. O presidente do PSL, Luciano Bivar, deverá presidir a nova
sigla.
Fonte: Poder 360º
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