O Parque Nacional
da Chapada dos Veadeiros, no Nordeste Goiano, deverá receber este ano R$ 8
milhões para serem utilizados no processo de regularização fundiária. O recurso
faz parte dos R$ 10 milhões anunciados a menos de um mês pelo Ministério do
Meio Ambiente.
A falta de
pagamento das indenizações é uma das principais críticas feitas por proprietários
contrários à expansão da unidade, que em junho do ano passado salto de 65 mil
para 240 mil hectares.
“A maior
parte será usada na regularização fundaria, principalmente para o pagamento de
indenizações pelas desapropriações que vão ser feitas por conta da ampliação do
parque. Os recursos também serão usados para demarcação de novos limites, sinalização
e cercamento”, disse o chefe do PNCV, Fernando Tabagiba.
A outra
parte, cerca de R$ 1,5 milhão, será usada para estruturação da unidade. Entre
os planos do gestor está a renovação de frota e melhorias na área de visitação.
Ainda não há
uma lista de prioridades a serem indenizados, mas Tabagiba explica que quem tem
a titularidade receberá pela terra e pelas benfeitorias e quem tem apenas a
posse do terreno receberá apenas pelas benfeitorias. “Estamos fazendo esse
levantamento detalhado, caso a caso, mas sabemos, como os estudos preliminares
já mostravam, que não há comunidades ou agricultores familiares na área de
ampliação do parque.
Os recursos
são provenientes do mecanismo de Compensação Ambiental previsto na Medida
Provisória (MP) 809/2017, de 01 de dezembro de 2017, que define novas regras
para a aplicação de recursos da compensação ambiental.
“Nós
quadriplicamos o tamanho do parque e precisamos mostrar serviço já que há
suspeitas de que os incêndios que atingiram a chapada foram criminosos. Precisamos
dizer que a presença do Estado brasileiro naquela região é efetiva”, afirmou na
ocasião, o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, se referendo ao fogo que
consumiu mais de 66 mil hectares do parque em outubro do ano passado.
De acordo
com o presidente do ICMBio, Ricardo Soavinski, a medida provisória destrava
recursos já previstos, mas que tinham dificuldade para aplicação nas UC. “Eles
vão garantir soluções estruturantes e ganhos de escala na gestão das unidades
de conservação federais. No caso da Chapada dos Veadeiros, considerando sua
ampliação, temos que acelerar e investir para proteger bem a nova área, pagar
as terras privadas e também abri-la ao uso público, à visitação”, disse.
Fonte: O
Popular
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