Acolhendo um
novo pedido feito em ação civil pública proposta pelo promotor de Justiça
Douglas Chegury, o juiz Yvan Santana Ferreira, da comarca de Iaciara, decretou
a indisponibilidade de bens da prefeita de Nova Roma, Miriam Leite São José
Sampaio, pela prática de atos de improbidade administrativa.
Segundo
detalhado pelo promotor, foram instaurados diversos inquéritos civis públicos
com objetivo de apurar a conduta da prefeita, que realizou supostas
contratações ilegais, fraudulentas e imorais de pessoas para ocuparem cargos
comissionados no Poder Executivo.
De acordo
com promotor, assim que assumiu a chefia da prefeitura, nas eleições de 2012,
Miriam nomeou para cargos comissionados, por meio de decretos, 150 servidores,
os quais preenchiam cargos e funções de atribuições meramente técnicas, sem
caráter de assessoramento, chefia ou direção.
A
investigação revelou que a prefeita pretendia, com a nomeação de tantos cargos
e funções comissionados, fraudar o dever de realizar concurso e atender a
pedidos de emprego de apoiadores políticos, violando os princípios
constitucionais da obrigatoriedade do concurso público e da estabilidade.
A nova
decisão determina, a indisponibilidade dos bens móveis e imóveis da prefeita,
no valor de R$ 450 mil, referentes aos salários pagos ilegalmente a dez
servidores, somando ao dano moral coletivo e multa civil, no valor de R$ 50
mil, cada. Em uma primeira decisão dada pelo juiz em novembro de 2017, foi
decretado a indisponibilidade dos bens no valor de R$ 350 mil. Com a nova
decisão, o valor total chega agora a R$ 800 mil.
Fonte: MPGO
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