A criação de
duas universidades federais no interior de Goiás entrou na pauta do Senado em
2018. A proposta é para que a Universidade Federal de Goiás (UFG) ceda duas das
regionais de ensino em Catalão e Jataí. Criada em 1960, a UFG é a única federal
do estado e tem aproximadamente 25 mil alunos de graduação e pós-graduação
distribuídos nas atuais quatro regionais.
No final do
ano passado, a Câmara dos deputados já havia aprovado o projeto de lei para
desmembramento da UFG. Agora, a proposta chegou ao Senado para votação neste
ano.
A
transferência de campi universitários para a constituição de cinco novas
universidades federais foi assinada em 2016 pela ex-presidente Dilma Rousseff.
O objetivo exposto pelo governo foi o de interiorizar o ensino superior e
democratizar o acesso à universidade pública. Além de Goiás, o Senado também
analisa a criação de mais universidades federais em Mato Grosso, Piauí, Pará e
Maranhão.
Em entrevista
no dia 7 de janeiro deste ano, o novo reitor da Universidade Federal de Goiás
(UFG), Edward Madureira, que assumiu a reitoria pela terceira vez, disse que a
criação das novas universidades é um sonho das duas comunidades, as maiores
fora de Goiânia.
“Jataí tem
mais de 25 cursos de graduação, curso de Medicina em funcionamento, mestrado,
doutorado; e Catalão, com expectativa de abrir Medicina este ano, e com mais de
20 cursos de graduação, quatro mil estudantes, muitos doutores. Foi um trabalho
desenvolvido desde minha primeira passagem pela reitoria, fortalecido com o
atual reitor, Orlando Amaral, e estamos na antessala da criação”, lembrou.
“O projeto
de lei enviado ao congresso nacional ainda pela presidente Dilma Rousseff nos
últimos dias do seu governo, já passou por unanimidade pela Câmara dos
Deputados no final do ano e, agora, segue para o Senado e depois, para a sanção
presidencial”, complementou.
Logística
As propostas
encaminhadas pelo Poder Executivo também preveem a transferência automática dos
cursos de todos os níveis e dos alunos regularmente matriculados, assim como os
cargos ocupados e vagos do quadro de pessoal das regionais que serão
desmembradas e todo o patrimônio de cada campus.
Também está
prevista a criação de novos cargos administrativos e de diretoria. Por
transformação, serão estabelecidos os cargos de reitor e vice-reitor, nomeados
pelo ministro da Educação até que a universidade seja organizada na forma de
seu estatuto.
Como
entidades federais, as universidades que serão instituídas pelos projetos de
lei serão vinculadas ao Ministério da Educação. As novas universidades federais
se juntarão às outras 63 existentes no Brasil.
Fonte: O
Popular
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