O governador
de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), alegou que descanso é “direito de todo
trabalhador” para justificar seus três dias de folga durante duas das três
rebeliões no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região
Metropolitana. Durante entrevista nesta segunda-feira (8), o político disse que
acompanhou tudo de maneira remota. Esta foi a primeira agenda do gestor desde o
dia 2 de janeiro, um dia após o primeiro motim, que deixou nove mortos e 14
feridos.
“Eu tirei
apenas três dias de descanso com minha família depois de um ano intenso de
trabalho. [...] Todas as forças de segurança fizeram contato comigo
rigorosamente várias vezes por dia, inclusive nas madrugadas. Não foram férias,
férias são trinta dias, eu tirei apenas um descanso. É um direito assegurado a
todo trabalhador e eu sou um trabalhador como qualquer outro”, afirmou.
Segundo a
assessoria do governador, ele tirou a folga entre a última quinta-feira (4) e
sábado (6). Conforme apurou o jornal "O Globo", ele estava
descansando em uma praia de Pernambuco neste período. Nesse período, ocorreu o
segundo motim na Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto, em que um detento
fugiu, e o terceiro da semana, na Penitenciária Coronel Odenir Guimarães (POG).
Revistas após as três ações dos presos encontraram seis armas.
Perillo
disse ainda que acompanhou todos os motins de maneira remota e estava em constante
contato com os responsáveis pela segurança no estado. “É muita hipocrisia achar
que um governante precisa estar presente para resolver as coisas. Hoje, com as
tecnologias, é possível resolver as coisas de forma digital, pela internet e eu
fiz isso”, pontuou.
O político
justificou ainda que a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de Goiás estava
preparada para lidar com as situações. Segundo ele, o serviço de inteligência
já havia previsto os motins.
“As facções
tinham organizado 20 rebeliões no estado de Goiás no dia 1º. Graças à nossa
inteligência, conseguimos que 18 ou 19 acontecessem. Houve uma pequena em Santa
Helena e essa aqui em Aparecida de Goiânia”, completou.
Fonte: G1
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