De acordo
com o Sindiperícia, pelo menos, oito cidades goianas estão sem atendimento de
médicos legistas no IML, em período noturno.
Segundo o
vice-presidente do Sindiperícia, Paulo Afonso, o governo do Estado criou vários
núcleos da Superintendência de Polícia Técnico-Científica no interior do Estado
sem nenhum tipo de estudo de impacto, necessidade e de forma indiscriminada.
Fato que tem
deixado os municípios de Itumbiara, Rio Verde, Catalão, Goiás, Campos Belos,
Caldas Novas e Goianésia sem atendimento na área de medicina legal no período
noturno por falta de médicos legistas. “Cada um desses núcleos atendem os
municípios vizinhos que por falta de planejamento, estão sendo fechados à
noite. Alguns mantém o serviço de perícia, mas o essencial que é a medicina
legal fica descoberto por falta de profissionais”, denuncia
A superintendente
reconhece a ausência de médicos legistas em algumas unidades, mas rebate
dizendo que o desfalque está sendo provocado pelos profissionais que, por
determinação legal devem trabalhar 40 horas, não estão cumprindo a escala
definida pela PGE.
“Ouvi dizer
que alguns colegas não estão trabalhando o período determinado na escala. Ou
seja, estão faltando ao trabalho. Estamos levantando estas informações e,
começaremos a cortar o ponto dos faltosos”, afirma Rejane ao ponderar que
“medicina legal é segurança pública, não é saúde pública”, e que sua gestão na
SPTC é orientada pela PGE e que todas as decisões são tomadas de acordo com a
orientação de cumprimento de decisão judicial.
“A exemplo
disso, foi a rebelião no semiaberto de Aparecida (no primeiro dia do ano),
quando os 9 corpos deveriam ser encaminhados para o IML de Aparecida, onde
trabalho, mas isso não foi possível, porque não temos efetivo para a demanda.
Em Aparecida tem apenas um médico de plantão e não fecha escala todos os dias,
porque está faltando médico. O que forçou a superintendência prisional a
encaminhá-los ao IML de Goiânia”, relata uma médica legista que não quis se
identificar.
Fonte: Diário
do Estado
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